26 de agosto de 2010
RESPONDENDO AO PROFESSOR FÁBIO
Este assunto é do interesse de toda a categoria da educação de Campos já que é impossível aferir qualidade à educação com salas superlotadas e em condições físicas, em sua maioria, precárias.
Além da portaria de 2002, o Plano Municipal de Educação aprovado em dezembro de 2009 também trata do assunto. O que falta até então são dispositivos para cobrar a sua aplicação, haja vista a maneira casuística com que a educação é tratada em nosso município. Prova irrefutável disso é o PCCS aprovado na mesma data que precisa passar por uma revisão geral.
Tanto o PME como o PCCS estão na pauta de prioridade do SEPE que em meio ao troca-troca de prefeitos espera marcar uma audiência com o prefeito interino Nelson Nahin para tratar do assunto.
“De acordo com a portaria 11, de 23 de dezembro de 2002, da secretaria
municipal de Educação, que estabelece o quantitativo de recursos
humanos para as unidades escolares, é possível agrupar até 35 alunos
em turmas do 6º ao 9º ano, e até 30 alunos em turmas do 4º e 5º anos.
Do 1º ao 3º ano de escolaridade este quantitativo cai para 25 alunos
por turma.” (Retirado de
http://www.campos.rj.gov.br/noticia.php?id=18564)
SEPE NA JUSTIÇA PARA PRORROGAR CONCURSO
Após ter o pedido negado pela Prefeitura de Campos para a prorrogação do prazo do concurso na área da Educação realizado em 2008, o Sindicato dos Profissionais de Educação do Estado (Sepe) entrou com uma ação na Justiça para a extensão do prazo e ainda espera a decisão. Enquanto isso, a categoria deve marcar uma reunião com o prefeito interino Nelson Nahim para tratar do assunto, conforme informou o diretor de imprensa do Sepe, Amaro Sérgio Azevedo. “Como houve mudanças na Prefeitura, quem sabe desta vez conseguimos conversar e abrir negociação”, disse.
Segundo Amaro, o pedido de prorrogação foi negado às vésperas da expiração do prazo, no dia 31 de março, porém o edital prevê a possibilidade de prorrogação por mais dois anos. Logo depois, a categoria teria entrado na Justiça e aguarda julgamento da ação que tramita há cinco meses. Ele adiantou que o Sepe deve convocar uma assembléia no próximo mês, quando diversos pontos serão postos em debate: o plano de cargos e salários, que, segundo Amaro, contém distor-ções, e a contratação de professores feita pela Prefeitura em detrimento dos concursados. Ele acrescentou que há uma necessidade de contratação de cerca de 500 profissionais.
A aparente morosidade do andamento desse processo foi questionada pelo leitor da Folha Online, do Grupo Folha, Alecsandro da Silva Viana.
A secretária de Educação, Joilza Rangel, e o secretário de Administração, Fábio Ribeiro, explicaram que o concurso não foi prorrogado devido ao preenchimento de todas as vagas oferecidas e em função da carga horária, prevista no edital, de 25 horas, ser inferior à de 40 horas determinada pelo Conselho Nacional de Educação. Eles lembraram, ainda, que é preciso cumprir os critérios da Lei de Responsabilidade Fiscal e que benefícios foram concedidos à categoria como o Plano de Cargos e Salários, além de in-vestimentos que atendem à população nesta área como o Programa Saúde na Escola, Bolsa de Estudos, aquisição de novos uniformes e material didático, além de reforma e construção de creches e escolas.
Em relação aos casos de afastamentos temporários, como os de licença médica e maternidade, eles afirmam que geram carências pontuais e não vagas reais, e têm sido tratados com intervenções administrativas previstas. Entre elas a relotação de profissionais.
EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE CAMPOS
TAC NA EDUCAÇÃO???
Tem escola que chega ao absurdo de amargar a carência de 08 professores em turmas de 1º ao 5º ano de escolaridade com as crianças totalmente ociosas no pátio da escola.
Enquanto isso, a ação civil pública impetrada pelo SEPE corre e os concursados de 2008 da educação de Campos estão de olhos bem abertos.
21 de agosto de 2010
ATENÇÃO CONCURSADOS DE 2008 DA REDE MUNICIPAL
Estamos aguardando a decisão da Justiça que é morosa em função da demanda existente e em ano eleitoral fica ainda um pouco mais lenta.
A carência de professores é gritante. Tem escola municipal em Campos com falta de aproximadamente 10 professores do 1º ao 5º ano.
Um verdadeiro absurdo!
Este descaso com a educação pública municipal foi revelado e reforçado pela resultado do IDEB.
Último lugar no estado. Que vergonha!
Nota zero para o governo municipal!
Respeito ao concurso público de 2008 e aos concursados!
CALENDÁRIO DA REDE ESTADUAL
* 24 de agosto (terça): ato público dos Animadores Culturais, às 14h, na Seeduc.
* 16 de setembro (quinta-feira): Paralisação de 24 horas - às 11h, a educação e o Muspe farão uma marcha em defesa dos serviços públicos estaduais, com concentração na Candelária até a Cinelândia, onde será realizado um ato nas escadarias da Câmara Municipal. No local, também será lançado um manifesto em defesa da educação e dos serviços públicos estaduais.
*18/09 (sábado): assembléia geral da rede estadual (local a confirmar), às 14h.
16 de agosto de 2010
DELIBERAÇÕES DA ASSEMBLÉIA DA REDE ESTADUAL DO DIA 14/08
FONTE:SEPE/RJ
No dia 18 de setembro,será realizada uma assembléia geral da rede estadual (local a confirmar), a partir das 14h para deliberar os próximos passos da nossa mobilização.
Veja outras deliberações da assembléia:
11 de agosto de 2010
SEPE CONVOCA APOSENTADOS DA REDE ESTADUA L QUE FICARAM SEM AS GRATIFICAÇÕES DE R$ 164 (PROFESSORES) E R$ 50 (FUNC.) NOS GOVERNOS GAROTINHO E ROSINHA
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Atendimento no Sepe Campos que já têm toda a documentação necessária para o recadastramento).Edificio Ninho das Águias, sala 514 Centro (em frente a Pç São Salvador)
Nos links abaixo, o aposentado pode acessar a listagem de nomes que participam da ação (arquivo: "listagem 164"). Isso para saber se o seu nome consta entre aqueles com a documentação incompleta. Se o aposentado estiver nessa situação, ele deve ler as instruções (arquivo: "instruções") e depois imprimir as procurações, declaração e formulário, cujos arquivos também estão disponíveis nos links abaixo:
1 - INSTRUÇÕES
2 - fORMULÁRIO DE RECADASTRAMENTO
3 - DECLARAÇÃO DE HIPOSUFICIÊNCIA
4 - PROCURAÇÃO 1
5 - PROCURAÇÃO 2
6 - listagem 164
FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOS DA REDE ESTADUAL FARÃO ATO NA ALERJ NESTA QUARTA (DIA11/08)
Os funcionários administrativos da rede estadual fazem um ato de protesto nesta quarta-feira, nas escadarias da Alerj, a partir das 14h. O Sepe convoca os funcionários para se mobilizarem e participarem do ato, que marca a luta da categoria pelo plano de carreira e pela garantia de mais direitos e reajuste salarial. Os funcionários tem que lutar para que o governo do estado cumprra a lei, já que do seu plano de carreira foi aprovado ainda na década de 80 do século passado e, até hoje, não foi implementado.
6 de agosto de 2010
EX-SECRETÁRIA-ADJUNTA DE EDUCAÇÃO DOS EUA CONDENA MERITOCRACIA COMO POLÍTICA EDUCACIONAL
Nota mais alta não é educação melhor
Diane Ravitch, ex-secretária-adjunta de Educação dos EUA
Publicado no Jornal Estado de São Paulo, em 02 de agosto de 2010 | 0h 00
Uma das principais defensoras da reforma educacional americana – baseada em metas, testes padronizados, responsabilização do professor pelo desempenho do aluno e fechamento de escolas mal avaliadas – mudou de ideia. Após 20 anos defendendo um modelo que serviu de inspiração para outros países, entre eles o Brasil, Diane Ravitch diz que, em vez de melhorar a educação, o sistema em vigor nos Estados Unidos está formando apenas alunos treinados para fazer uma avaliação.
Secretária-adjunta de Educação e conselheira do secretário de Educação na administração de George Bush, Diane foi indicada pelo ex-presidente Bill Clinton para assumir o National Assessment Governing Board, instituto responsável pelos testes federais. Ajudou a implementar os programas No Child Left Behind e Accountability, que tinham como proposta usar práticas corporativas, baseadas em medição e mérito, para melhorar a educação.
Suas revisão de conceitos foi apresentada no livro The Death and Life of the Great American School System (a morte e a vida do grande sistema escolar americano), lançado no mês passado nos EUA. O livro, sem previsão de edição no Brasil, tem provocado intensos debates entre especialistas e gestores americanos. Leia entrevista concedida por Diane ao Estado.
Por que a senhora mudou de ideia sobre a reforma educacional americana?
Eu apoiei as avaliações, o sistema de accountability (responsabilização de professores e gestores pelo desempenho dos estudantes) e o programa de escolha por muitos anos, mas as evidências acumuladas nesse período sobre os efeitos de todas essas políticas me fizeram repensar. Não podia mais continuar apoiando essas abordagens. O ensino não melhorou e identificamos apenas muitas fraudes no processo.
Em sua opinião, o que deu errado com os programas No Child Left Behind e Accountability?
O No Child Left Behind não funcionou por muitos motivos. Primeiro, porque ele estabeleceu um objetivo utópico de ter 100% dos estudantes com proficiência até 2014. Qualquer professor poderia dizer que isso não aconteceria – e não aconteceu. Segundo, os Estados acabaram diminuindo suas exigências e rebaixando seus padrões para tentar atingir esse objetivo utópico. O terceiro ponto é que escolas estão sendo fechadas porque não atingiram a meta. Então, a legislação estava errada, porque apostou numa estratégia de avaliações e responsabilização, que levou a alguns tipos de trapaças, manobras para driblar o sistema e outros tipos de esforços duvidosos para alcançar um objetivo que jamais seria atingido. Isso também levou a uma redução do currículo, associado a recompensas e punições em avaliações de habilidades básicas em leitura e matemática. No fim, essa mistura resultou numa lei ruim, porque pune escolas, diretores e professores que não atingem as pontuações mínimas.
Qual é o papel das avaliações na educação? Em que elas contribuem? Quais são as limitações?
Avaliações padronizadas dão uma fotografia instantânea do desempenho. Elas são úteis como informação, mas não devem ser usadas para recompensas e punições, porque, quando as metas são altas, educadores vão encontrar um jeito de aumentar artificialmente as pontuações. Muitos vão passar horas preparando seus alunos para responderem a esses testes, e os alunos não vão aprender os conteúdos exigidos nas disciplinas, eles vão apenas aprender a fazer essas avaliações. Testes devem ser usados com sabedoria, apenas para dar um retrato da educação, para dar uma informação. Qualquer medição fica corrompida quando se envolve outras coisas num teste.
Na sua avaliação, professores também devem ser avaliados?
Professores devem ser testados quando ingressam na carreira, para o gestor saber se ele tem as habilidades e os conhecimentos necessários para ensinar o que deverá ensinar. Eles também devem ser periodicamente avaliados por seus supervisores para garantir que estão fazendo seu trabalho.
E o que ajudaria a melhorar a qualidade dos professores?
Isso depende do tipo de professor. Escolas precisam de administradores experientes, que sejam professores também, mais qualificados. Esses profissionais devem ajudar professores com mais dificuldades.
Com base nos resultados da política educacional americana, o que realmente ajuda a melhorar a educação?
As melhores escolas têm alunos que nasceram em famílias que apoiam e estimulam a educação. Isso já ajuda muito a escola e o estudante. Toda escola precisa de um currículo muito sólido, bastante definido, em todas as disciplinas ensinadas, leitura, matemática, ciências, história, artes. Sem essa ênfase em um currículo básico e bem estruturado, todo o resto vai se resumir a desenvolver habilidades para realizar testes. Qualquer ênfase exagerada em processos de responsabilização é danosa para a educação. Isso leva apenas a um esforço grande em ensinar a responder testes, a diminuir as exigências e outras maneiras de melhorar a nota dos estudantes sem, necessariamente, melhorar a educação.
O que se pode aprender da reforma educacional americana?
A reforma americana continua na direção errada. A administração do presidente Obama continua aceitando a abordagem punitiva que começamos no governo Bush. Privatizações de escolas afetam negativamente o sistema público de ensino, com poucos avanços de maneira geral. E a responsabilização dos professores está sendo usada de maneira a destruí-los.
Quais são os conceitos que devem ser mantidos e quais devem ser revistos?
A lição mais importante que podemos tirar do que foi feito nos Estados Unidos é que o foco deve ser sempre em melhorar a educação e não simplesmente aumentar as pontuações nas provas de avaliação. Ficou claro para nós que elas não são necessariamente a mesma coisa. Precisamos de jovens que estudaram história, ciência, geografia, matemática, leitura, mas o que estamos formando é uma geração que aprendeu a responder testes de múltipla escolha. Para ter uma boa educação, precisamos saber o que é uma boa educação. E é muito mais que saber fazer uma prova. Precisamos nos preocupar com as necessidades dos estudantes, para que eles aproveitem a educação.
Quem é Diane Ravitch
É pesquisadora de educação da Universidade de Nova York. Autora de vários livros sobre sistemas educacionais, foi secretária-adjunta de Educação e conselheira do secretário de Educação entre 1991 e 1993, durante o governo de George Bush. Foi indicada pelo ex-presidente Bill Clinton para o National Assessment Governing Board, órgão responsável pela aplicação dos testes educacionais americanos.
ENCONTRO ESTADUAL DE APOSENTADOS:INSCRIÇÕES FORAM PRORROGADAS ATÉ O DIA 16 DE AGOSTO
1 de agosto de 2010
O ESPAÇO SINDICAL É UMA CONQUISTA QUE DEVE SER PRESERVADA
FRASE DA SEMANA: CRISTOVAM BUARQUE
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