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Servidores
públicos de Campos realizam uma manifestação nesta quarta-feira, 30 de
maio, em frente à prefeitura, contra o reajuste salarial de 5,1%
oferecido pela prefeitura de Campos dos Goytacazes. A manifestação reúne
cerca de 200 pessoas, entre elas servidores da saúde, da guarda civil
municipal, da educação e demais setores públicos. De acordo com os
manifestantes, o baixo aumento representa um desrespeito aos servidores
do município.
“Sou
técnica em enfermagem e me sinto envergonhada em saber que uma cidade
como Campos recebe uma fortuna em royalties e não valoriza os seus
funcionários. Esse reajuste de 5,1% é uma esmola que eles estão dando
pra gente. Um verdadeiro descaso da atual gestão” desabafou Rosania
Areas, técnica em enfermagem.
Segundo o
presidente da associação do hospital Ferreira Machado, Durval Almeida, o
movimento pede melhores condições de trabalho e um reajuste de pelo
menos 22%.
“Nós estamos reivindicando um direito. Não é possível que profissionais de saúde tenham um reajuste tão baixo assim. Nós esperamos ao menos um reajuste de 22%, e o plano de cargos e salários, que a categoria ainda não tem”, completou.
“Nós estamos reivindicando um direito. Não é possível que profissionais de saúde tenham um reajuste tão baixo assim. Nós esperamos ao menos um reajuste de 22%, e o plano de cargos e salários, que a categoria ainda não tem”, completou.
Também nesta
quarta-feira, 80% das escolas do município de Campos aderiram a uma
paralisação de 24 horas, já que, segundo o sindicato dos professores,
desde 2009 as reivindicações dos profissionais da educação não são
atendidas.
Entre as reivindicações estão:
*Reposição Salarial de 22,5%;
* Cumprimento de 1/3 da carga horária destinada a planejamento;
*Eleições para diretores nas escolas municipais;
*Pagamento do FUNDEB como valorização profissional;
* Fim das terceirizações dos funcionários administrativos nas escolas – Concurso público;
* Convocação dos concursados de 2008;
* Fim das contratações na educação municipal;
* Convocação imediata dos concursados de 2012;
* Implementação da política de educação no campo.
Segundo a coordenadora do Núcleo Campos, Graciete Santana Nogueira Nunes, foram enviados ofícios para diversos setores internos da prefeitura de Campos informando sobre a paralisação, mas não obtiveram nenhum retorno positivo por parte do poder público.
* Cumprimento de 1/3 da carga horária destinada a planejamento;
*Eleições para diretores nas escolas municipais;
*Pagamento do FUNDEB como valorização profissional;
* Fim das terceirizações dos funcionários administrativos nas escolas – Concurso público;
* Convocação dos concursados de 2008;
* Fim das contratações na educação municipal;
* Convocação imediata dos concursados de 2012;
* Implementação da política de educação no campo.
Segundo a coordenadora do Núcleo Campos, Graciete Santana Nogueira Nunes, foram enviados ofícios para diversos setores internos da prefeitura de Campos informando sobre a paralisação, mas não obtiveram nenhum retorno positivo por parte do poder público.
“Esses
movimentos demonstram a dificuldade, que vários profissionais têm
enfrentado dentro do município de Campos. Hoje, a cidade tem pouco mais
de 5 mil professores da rede municipal, que não são valorizados como
deveriam ser. Nós buscamos um entendimento com a prefeitura desde 2009,
mas não somos atendidos. A educação tem que ser prioridade em qualquer
lugar”, desabafou Graciete Santana.
A manifestação deve durar até as 16 horas. Um trio elétrico está sendo usado para que os representantes dos sindicatos apresentem os problemas. Irritado, um dos servidores criticou em cima do trio elétrico a gestão do atual governo.
A manifestação deve durar até as 16 horas. Um trio elétrico está sendo usado para que os representantes dos sindicatos apresentem os problemas. Irritado, um dos servidores criticou em cima do trio elétrico a gestão do atual governo.
“Nós
queremos ouvir da prefeitura o motivo pelo qual não somos valorizados
como devíamos ser. A prefeita aparece para inaugurar praças, mas não
aparece para conversar com os servidores públicos. Precisamos dar um
basta nisso. Não agüentamos mais essa situação desconfortável”, criticou
Ubirandir Santiago, servidor da saúde.
Através do site
oficial, a prefeitura, por meio do secretário de controle e orçamento,
Suledil Bernardino, explicou os motivos de não ter dado um reajuste
melhor aos servidores. De acordo com a Procuradoria Geral do Município, a
lei eleitoral não permite que se conceda reajuste acima dos índices
públicos da inflação, seis meses antes da eleição. Este mês, os
vencimentos são efetuados com reajuste de 5,1%, baseados no Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
“A prefeitura
tem procurado melhorar, dentro das possibilidades da arrecadação
própria, vários segmentos do funcionalismo. O reajuste de acordo com a
inflação tem sido dado todos os anos e, este ano, em função da lei
eleitoral, as restrições são ainda maiores. E, ainda, tem a Lei de
Responsabilidade Fiscal, que também não permite o uso dos royalties de
petróleo no pagamento de pessoal”, destacou o secretário de Controle e
Orçamento, Suledil Bernardino.
Explicação que ainda é contestada por muitos servidores de Campos, já que os municípios vizinhos São João da Barra e Quissamã concederam no mês passado, um reajuste salarial de 14,13%.
Explicação que ainda é contestada por muitos servidores de Campos, já que os municípios vizinhos São João da Barra e Quissamã concederam no mês passado, um reajuste salarial de 14,13%.