MANIFESTO: SEPE NA LUTA PELA EDUCAÇÃO COM QUALIDADE E DIGNIDADE! - CHAPA 07
Ocupar as escolas: lutar contra o desmantelamento e sucateamento do ensino público!
A importância atual da luta dos trabalhadores da educação.
Mas um governo está chegando ao fim, e nada melhorou para os Trabalhadores da Educação da rede municipal de Campos dos Goytacazes.
No Rio de Janeiro, as sucessivas gestões do governo do estado, que desembocaram no governo Cabral, apesar de turbinadas pelos bilhões de dólares dos royalties do petróleo, só jogaram o estado em uma onda de caos, fechando escolas e arrochando os salários dos profissionais da educação.
Campos dos Goytacazes, como não podia deixar de ser, apenas seguiu esta lógica perversa. Município de grande importância econômica no estado do Rio, tendo orçamento para 2012 superior a 2 bilhões de reais, com maior arrecadação dos royaties de petróleo, nossa cidade passa por um processo de empobrecimento, desemprego e aumento da violência, que atinge principalmente às camadas mais pobres da população.
Na educação, Campos apresenta índices baixos ficando na penúltima posição da classificação do IDEB, sendo marcas da atual gestão de Rosinha Garotinho indecentes propostas de “reajuste salarial”, o desrespeito e o desprezo contra a nossa categoria.
É contra todo este quadro que atinge diversas categorias profissionais que temos nos levantado.
Na nossa categoria, foram muitos os momentos de embate contra esta lógica perversa vigente, sobre a égide do neoliberalismo. Paralisações, "adesivaço"da educação, manifestações no calçadão e apitaços em frente à prefeitura, têm demonstrado nossa capacidade de luta e de organização.
Entretanto, isto não tem sido suficiente para derrotarmos este processo posto em prática pelas classes dominantes, que toma nossos direitos e precariza nosso trabalho. Por quê?
É preciso dar um novo caminho para a nossa luta.
De fato, nos últimos tempos, os governos têm conseguido neutralizar nosso movimento, nos isolando do resto da população, tentando jogar esta contra nossas mobilizações.
Devemos assumir o fato de que os TRABALHADORES da EDUCAÇÃO também fazem parte da classe trabalhadora, do povo e de sua luta.
Por isso, é preciso reconduzi-lo ao caminho classista, entendendo que nossa luta é também a luta do estudante, do bairro, do operário, daquele que luta pela terra, enfim, é a luta de todos os setores populares! Mas isto não pode ser apenas em palavras mais em ações concretas e efetivas.
Nossa forma de organização: a organização pela base e democrática.
Além de retomar o caminho classista ,carecemos também de novas formas de organização.
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Portanto, este tipo de organização deve ser reformulada. É por isto que propomos a organização pela base, pelo local de trabalho, com cada escola elegendo seus representantes no sindicato, sendo sempre um funcionário e um professor, no mínimo.
Também é preciso garantir a democracia interna do sindicato, garantindo a cada membro do sindicato e da categoria o direito a palavra e a expor suas idéias, sem aparelhismo, práticas de baixo nível político, ou manobras para garantir o controle do sindicato.
Assim fazendo, poderemos reconduzir o movimento ao caminho das conquistas.
A greve não é só um direito, mas é também a nossa principal forma de luta. É preciso preservá-la.
Por isto, é necessário repensar está estratégia. Que greve queremos?
Em nossa opinião, as greves de nossa categoria devem ser greves de ocupação. Primeiro, ocupar as escolas, que não devem, neste período, permanecer vazias, mas sim cheias de pais, estudantes e profissionais da educação, fazendo atividades de greve e agitações políticas, denunciando a situação da educação, para aumentar a consciência da população sobre a nossa causa.
Depois, ocupar as ruas com nossas faixas e bandeiras, nossa categoria e seus apoiadores. Ocupar também, a rua em que residem as “autoridades” deste município, fazendo-os lembrar 24 horas por dia, que existe uma categoria em luta
Enfim, se for necessário, ocupar as instâncias de poder deste município. É preciso coragem para tomar esta decisão, e decisão para poder implementá-la.
Companheiros e companheiras, não existem caminhos prontos, mas sim, picadas a serem abertas e desbravadas por àqueles que desejam um mundo novo.
OUSAR LUTAR.OUSAR VENCER!
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