19 de abril de 2013

Professores em estado de greve



Após assembleia realizada no ontem Rio de Janeiro pelo sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), ficou decidido que os profissionais do ensino encerraram a greve de advertência de 72 horas. Contudo, os professores continuam em estado de greve e uma nova paralisação está programada para o próximo dia 8 de maio.
O diretor do sindicato Eduardo Peixoto explicou que para o Sepe o resultado do assembleia é menos importante, porque, segundo ele, o sindicato luta pelos direitos há cerca de 20 anos.
— Tudo que organizamos é planejado de forma cautelosa. Sabemos que o aluno não pode sair prejudicado, mas tentamos minimizar o prejuízo. Tentamos chamar atenção do governo do estado para certas reivindicações. Tudo foi protocolado junto à secretaria de Educação. Não nos preocupamos com a decisão judicial porque o direito de lutar cabe a nós e é condicional — afirmou.
O mesmo explicou que a greve teve adesão parcial dos professores de Campos. Entretanto, nas escolas Liceu de Humanidade de Campos e Nilo Pessanha, as aulas aconteceram normalmente.
Segundo a professora de ciências do Liceu, Sirley Dângela Pires, nenhum professor aderiu a esta greve de advertência de 72 horas. “As aulas aqui aconteceram normalmente. Pelo que eu saiba, nenhum professor do Liceu aderiu a esta greve. Ligaram-me perguntando sobre a greve e eu nem sabia”, afirmou.
A aluna do Liceu do 3º ano, Ana Julia Barbosa Pereira, confirmou o que foi dito pela professora. “Estou tendo aula normalmente, todos os meus professores têm comparecido”, informou.
A coordenadora geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), em Campos, Christini Marcelino esclareceu algumas das reivindicações. “Estão querendo terceirizar os cargos de merendeiras, vigias e serventes. Além disso, os salários pagos não atendem à categoria e os professores tiveram perda salarial de 40%”, disse.
 
Marcelle Salerno


Foto: Rodrigo Silveira

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