Manchete do jornal O Globo; abaixo o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia e sua antecessora no cargo Teresa Porto: os dois carrascos da educação do estado do Rio de Janeiro |
Comentário: Pior
do que ser o 2º estado que mais reprova no ensino médio é ser o
penúltimo em educação no Brasil (na frente apenas do Piauí). Pior do que
ser o 2º que mais reprova é ser o que mais aprova sem que os alunos
tenham aprendido matemática, ou tenham um nível fraco de leitura e
interpretação. Pior do que ser o 2º que mais reprova é o terrorismo
feito nas escola estaduais para que se aprove os alunos a "todo custo"
para que o governo não passe vergonha e atestado de incompetência nos
índices nacionais! Muito pior mesmo!!!
A secretaria de Educação de Cabral virou um grande balcão de negócios com a compra superfaturada de lap tops, o aluguel de computadores e aparelhos de ar condicionado, tudo comandado pelo fazendeiro Jorge Picciani que emplacou a empresa INVESTIPLAN, que pertence a um sócio seu em investimentos com gado. Isso sem contar a contratação de mão de obra do Grupo Facility, do Rei Arthur e muitos outros negócios. O primeiro secretário de Educação do governo Cabral, o professor Nelson Maculan, que foi reitor da UFRJ. Deixou o cargo porque não aceitou os negócios impostos pelo fazendeiro Picciani. O professor Maculan defendia investimentos nos professores. No seu lugar entrou a técnica de informática Teresa Porto, que não entendia nada de educação, mas aceitou transformar a secretaria de Educação no balcão de negócios. O resultado foi desastroso. Na gestão de Teresa Porto o ensino médio do estado do Rio de Janeiro caiu para o penúltimo lugar, só à frente do estado do Piauí. Cabral decidiu então mudar. Colocou o economista especialista em mercado imobiliário e gestão de grandes fortunas para cuidar da educação. Segundo Cabral, o secretário Risolia faria uma gestão profissional. Está aí o novo resultado desastroso. O Rio é o segundo estado do Brasil em matéria de reprovação. Mas pasmem, Wilson Risolia mandou dizer através de sua assessoria ao RJ TV, que admite que o resultado não é bom, mas que houve ligeira melhora. Que melhora Risolia? O resultado não é bom? O resultado é uma tragédia para o nosso estado. Mas os negócios seguem a todo o vapor, que é o que interessa para Cabral e para o fazendeiro Jorge Picciani, o “rei do gado”.
Garotinho
Rio tem segunda maior taxa de reprovação do país
A
taxa de reprovação no ensino médio brasileiro voltou a subir no ano
passado e bateu recorde, atingindo 13,1% na média nacional. Trata-se do
mais alto índice já registrado pelo menos desde 1999, primeiro ano
disponível para consulta, na internet, no portal do Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da
Educação. Em situação bem pior do que a média do país, o Rio teve uma
ligeira melhora, mas manteve a posição de segundo estado com maior taxa
de reprovados do ensino médio em 2011: 18,5%. Em 2010, a taxa
fluminense era de 18,9%.
Os
mais recentes indicadores de reprovação foram divulgados na
segunda-feira pelo Inep, sem alarde. Eles levam em conta o desempenho
de estudantes da rede pública e privada. Conforme dados já divulgados
pelo Inep, a taxa mais alta de reprovação no país era a de 2007, quando
13% dos alunos de ensino médio não passaram de ano. Nos últimos anos,
essa taxa tem oscilado para cima e para baixo. Em 2010, ficou em 12,5%.
No Brasil, 9,6% abandonam ensino médio
Se
forem consideradas apenas as escolas públicas, o quadro é ainda mais
grave. No Rio, por exemplo, o índice de reprovação em estabelecimentos
públicos alcançou 20,1%. No Brasil, não é diferente. A taxa
global de reprovação, incluindo colégios públicos e privados, foi de
13,1% em 2011. Já o índice da rede pública, que era de 13,4% em 2010,
subiu para 14,1% no ano seguinte. A reprovação nas escolas particulares
brasileiras ficou na casa de um dígito no ano passado: 6,1%. Menor do
que a observada na rede privada do Rio, onde o índice foi de 9,9%.
O
único estado com taxa de reprovação maior do que a fluminense foi o
Rio Grande do Sul, com 20,7%. No extremo oposto, o Amazonas aparece com
6%, a mais baixa do país. A taxa de reprovação aponta o percentual de
estudantes que, no fim do ano letivo, não obtém nota suficiente para
passar de ano. Existe ainda um outro grupo de alunos que também figura
nas estatísticas de matrícula, mas não consegue avançar: são os jovens
que abandonam a escola. Em 2011, no país, 9,6% largaram os estudos. Em
2010, essa taxa tinha sido maior: 10,3%.
A
soma de reprovação e abandono gera um número assombrador, isto é, a
quantidade de alunos que aparecem nas estatísticas de matrículas, mas
não conseguem avançar. Em 2011, nada menos do que 22,7% dos jovens do
ensino médio ficaram nessa situação. Dito de outra forma, a taxa de
aprovação, portanto, foi de 77,3% no ensino médio, em 2011.
No
Rio, a taxa de aprovação no ensino médio foi menor: 71,4%. Dentre os
estudantes fluminenses, 10,1% abandonaram a escola e 18,5% foram
reprovados, totalizando 28,6%. No ranking nacional, o estado aparece em
23º lugar em aprovação, na frente apenas de Rio Grande do Sul, Pará,
Mato Grosso e Alagoas. O melhor desempenho foi de Santa Catarina, com
84,5%.
Passando
por um momento de reestruturação, a rede estadual do Rio, que
concentra a maior parte das matrículas de ensino médio, tenta lutar
contra os fantasmas da repetência e do abandono. Aluno do Colégio
Estadual Olavo Bilac, em São Cristóvão, Jemerson Valente, de 20 anos,
conta que desde os 14 teve que conciliar a rotina de estudos com a de
trabalho, numa padaria perto de casa. Ele repetiu a 1ª série do ensino
médio nada menos do que cinco vezes. Mas este ano se prepara para se
formar, através de um projeto de aceleração de estudos, parceria da
Secretaria de Educação com a Fundação Roberto Marinho.
— Meu sonho é cursar gastronomia — afirma ele.
Também
aluna do Olavo Bilac, Érica Lino, de 18 anos, passou por várias
repetências no ensino fundamental, mas também encontrou no processo de
aceleração escolar um caminho.
— Quero ser modelo, mas sei que preciso completar o ensino médio — diz a jovem, com altura e peso dignos de passarela.
No
ensino fundamental, ocorreu movimento inverso ao do ensino médio. A
taxa de reprovação no Brasil caiu de 10,3% para 9,6%, entre 2010 e
2011. O índice de abandono também diminuiu de 3,1% para 2,8%, no mesmo
período. No Rio, o índice de reprovados teve diminuição de 15% para
13,1%, entre 2010 e 2011.
Com
isso, o Rio passou a ser o nono estado com taxa mais alta de
reprovação no fundamental. Em 2010, tinha o quinto maior índice do
país. Sergipe tem a maior taxa, com 19,5% de reprovação no ano passado.
Já Mato Grosso, a menor, com 3,6%. A taxa de abandono no Rio caiu de
2,6% para 2,1%.
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