KELLY MATOS
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
Na tentativa de frear o avanço
da proposta que aumenta os gastos públicos com educação para o equivalente a 10%
do Produto Interno Bruto em um período de 10 anos, o governo federal definiu na
tarde de ontem uma estratégia com deputados do PT.
10% do PIB para educação
equivale a duas CPMFs, diz Mercadante
Comissão especial da Câmara aprova 10% do PIB para educação
Comissão especial da Câmara aprova 10% do PIB para educação
A bancada, que votou em peso a
favor do projeto na comissão especial da Câmara, foi cobrada por interlocutores
da presidente Dilma Rousseff. A estratégia agora é apresentar um requerimento
para que o tema seja discutido no plenário da Câmara, ao invés de seguir
diretamente para o Senado.
Segundo a Folha apurou
junto ao Palácio do Planalto, a ideia do governo é utilizar a votação em
plenário para "enfraquecer" o projeto. Se a proposta chegar com menos força no
Senado, o governo acredita que conseguirá convencer os senadores da base a
derrubarem o texto.
Na semana passada, o ministro
da Fazenda, Guido Mantega, chegou a dizer que, se o Congresso aprovar o
percentual de 10% do PIB para a educação, pode "quebrar o Estado
brasileiro".
O governo também tem
argumentado com a base aliada que é temerário aprovar propostas que comprometam
as finanças públicas em um cenário de crise econômica
internacional.
Ontem, a ministra das Relações
Institucionais, Ideli Salvatti, esteve na Câmara dos Deputados discutindo o
assunto com parlamentares do PT. A ministra pediu responsabilidade dos
parlamentares petistas com a questão dos gastos públicos e acertou a votação
contra o projeto quando ele for submetido à votação em plenário.
Atualmente, o país destina
cerca de 5% do PIB para a educação. O novo índice é um dos pontos mais polêmicos
do PNE (Plano Nacional de Educação), que define metas e estratégias para o setor
num período de dez anos.
Também ontem, o ministro da
Educação, Aloizio Mercadante, voltou a criticar a aprovação dos 10% durante
audiência pública no Congresso. Mercadante cobrou dos parlamentares a definição
da fonte de recursos para pagar o investimento adicional proposto pela Câmara
dos Deputados.
Fonte: Uol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário