Chapa 2 - Oposição pela Base: Mobilização, Luta e Consquista. SINDPEFAETEC
por Chapa 2, Oposição pela Base - Mobilização, Luta e Conquista, Domingo, 14 de Outubro de 2012 às 14:19 ·
A crise capitalista vem aumentando a exploração dos trabalhadores ao redor do mundo, fazendo com que paguem uma conta que não é sua. Na África trabalhadores foram às ruas enfrentar o autoritarismo dos governantes, como no caso do Egito. Na Europa, o povo toma conta das ruas, manifestando-se contra os cortes nos gastos públicos, a recessão econômica, o crescimento do desemprego e perdas de direitos sociais. Na cidadela do capital, os EUA, a população se levanta em diversas cidades do país e, através do movimento Occupy Wall Street, protesta contra o aumento das desigualdades sociais, a corrupção e a roleta financeira do capitalismo globalizado, denunciando o conluio entre o Estado norte-americano, as corporações transnacionais, os grandes
bancos e os megaespeculadores.
No Brasil, o funcionalismo federal se mobilizou através de inúmeras greves contra o arrocho salarial imposto pelos governos de Dilma Roussef e de seu antecessor, Lula da Silva. Mais um fato para comprovar que a política econômica do governo petista é, na verdade, uma continuidade da política econômica
de FHC e busca a consolidação do neoliberalismo no país, em conformidade com os ditames do capital internacional.
Em várias obras do PAC, país afora, trabalhadores entraram em greve devido às péssimas condições de trabalho dadas pelas empreiteiras. Na usina de Belo Monte, a resistência das tribos indígenas chamou atenção internacional para a questão ambiental e social da região amazônica, onde impera a lei do mais forte. Os quilombolas em vários estados do país lutam pelo direito de propriedade das terras para descendentes dos quilombos. Isso demonstra que os trabalhadores não estão acomodados num mar de consumo e rosas, como quer nos fazer crer a maior parte da mídia.
No âmbito estadual, o governador Sergio Cabral é conhecido por suas declarações ofensivas à população e servidores públicos, como no caso da greve dos bombeiros, e por suas relações suspeitas com donos de empreiteiras, com quem se diverte em Paris usando guardanapos na cabeça. Ao longo de quase seis anos de (des) governo, Cabral promoveu um grande arrocho no salário do funcionalismo público e ameaça agora tirar nossos triênios.
Nós, profissionais da Faetec, precisamos retomar os métodos eficazes de luta da classe trabalhadora,como mobilizações, passeatas, atos públicos, manifestações e greve. Foi utilizando essas formas de luta que obtivemos conquistas no início da nossa história na fundação e criamos a nossa associação, a Apefaetec.Reajuste de 44% e unificação das lutas de professores e de funcionários na Apefaetec, em 2001; Regime Estatutário e Eleições Diretas de diretores, em 2002; Derrubada do Calote dos 13º e do 1/3 de férias de Garotinho/Rosinha/Benedita, em 2003, foram vitórias que vieram da força das nossas mobilizações e da unidade de nossa categoria.
Entretanto, já há algum tempo, nosso sindicato vem trocando métodos vitoriosos na luta dos trabalhadores por reuniões fechadas de gabinete, sem a participação da base da categoria. A atual direção do Sindpefaetec cada vez mais se afasta da base, conduzindo e manipulando assembleias e nossas deliberações, e se aproximando do governo de maneira subserviente. Uma coisa é negociar com o governo – que é o papel de uma direção sindical – outra coisa é conciliar com esse governo, como nosso sindicato tem feito, baixando a cabeça e acatando ações que aumentam a opressão e a exploração sobre o servidor da FAETEC, como fez o governo Cabral este ano ao oferecer 5% para o funcionalismo estadual e míseros 4,5% para a FAETEC.
Trabalhadores de empreiteiras, servidores públicos – docentes e administrativos federais – obtiveram conquistas porque ousaram lutar e enfrentar o patrão, o governo federal. No Rio de Janeiro, a UERJ foi à greve e, depois de uma luta duríssima, obteve a conquista do Regime de Dedicação Exclusiva. Nossa Central Sindical e Popular – CONLUTAS – esteve à frente de grande parte dessas mobilizações.
Lutar não é crime. Temos o direito e o dever de nos unirmos para lutar pela construção de um futuro melhor para todos. Foi com esse pensamento que nós,
profissionais de educação da FAETEC, construímos a Chapa 2 – Oposição pela Base: Mobilização, Luta e Conquista. Nela, reunimos fundadores da Apefaetec
(atual Sindpefaetec), antigos e novos companheiros de luta – muitos recém-concursados já ingressarem participando da luta em defesa do reajuste salarial, em 2011 – para tentar mudar esse quadro desolador. De um lado, temos um governo que busca aumentar a exploração sobre o trabalhador e usa o patrimônio público para fins privados, de outro lado, uma direção do sindicato que prefere o método da conciliação e da desmobilização
da categoria. Precisamos dar um basta nisso.
Juntos somos fortes!
PRINCIPAIS PROPOSTAS
- Defesa do Plano de Cargos, Carreiras e Salários
-Dedicação Exclusiva para todos os docentes
-Inclusão de mais uma Classe na Progressão por Formação
-Adicional do FUNDEB para todos
-Gestão democrática da Faetec: eleições em todos os níveis
-Isonomia para os Inspetores/Educadores sociais
-Adicional de periculosidade e insalubridade
-30 horas para técnico-administrativo
-Transparência na gestão financeira do Sindpefaetec
-Cumprimento das deliberações da categoria
-Democratização nas relações do sindicato com a categoria
-Periodicidade do Jornal do sindicato e criação de um Boletim eletrônico
-Limite de dois mandatos consecutivos dos diretores do Sindpefaetec
-Devolução à categoria do Imposto Sindical compulsório
-Ampliação da representação de base
-Articulação com os movimentos sociais
-Defesa de uma política de preservação da memória institucional, escolar e das lutas dos trabalhadores na FAETEC
-Pela implementação das leis 10639/2003 (história e cultura afrodescendentes) e 11645/2008 (história e cultura indígena) nos currículos escolares da FAETEC
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