12 de abril de 2010

SEPE na Luta!


Audiência dia 20 - “No dia 20, uma comissão do Sepe será recebida em audiência pelo subsecretário de Administração do Estado, Marcelo Medina, para discutir a implantação do Plano de Cargos e Salários dos Administrativos. Também nesta data vamos lutar para regulamentar imediatamente as 30 horas do pessoal“, informa a diretora-tesoureira, do Sepe/Campos, Sandrelene Antunes.
Em audiência pública, dia 10 de março, realizada pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o Sepe e a União dos Professores Públicos no Estado (Uppes) enumeraram que o alto número de professores deixando o magistério e a desvalorização dos profissionais formam um quadro preocupante entre a categoria.
Para tentar conquistar os outros itens da pauta dos administrativos e dos professores – como a incorporação do Nova Escola, regulamentação do cargo de animador cultural, o reajuste salarial para minimizar as perdas salariais, acumuladas em 48% -, de acordo com o Sepe, os profissionais da Educação vão novamente sair em passeata da Candelária para a Alerj no dia 27 de abril. Na data haverá paralisação de 24h e caso as negociações não avancem, a categoria poderá parar por tempo indeterminado.
“É fundamental que o Governo cumpra todas as dívidas que tem com a categoria”
Remuneração baixa tem causado carência de profissionais na rede
De acordo com a psicóloga Márcia Cardoso de Barros, da Uppes, em matéria da assessoria de Imprensa da Alerj, no Estado do Rio, somente 44,5 % dos jovens concluem o Ensino Médio. Essa afirmação foi feita pela que apresentou um diagnóstico da Educação no País. “O Brasil ocupa a 88ª posição nos índices de desenvolvimento educacional e o salário do professor brasileiro é o terceiro pior do mundo”.
“Esses fatores nos fazem entender o aumento da evasão escolar por parte dos alunos e dos professores também. O profissional da Educação precisa ter condições físicas e psicológicas para executar com qualidade as tarefas pertinentes à profissão”, defende Márcia. O Estado do Rio ocupa um bom, espaço nesse quadro, o que reforça ainda mais os argumentos do Sepe e da Uppes.
Com base também no diagnóstico da psicóloga, Teresinha Machado, da Uppes, reclama que “é fundamental que o Governo cumpra todas as dívidas que tem com a categoria. Em 2009, não tivemos sequer o reajuste anual”. O diretor do Sepe/RJ, Tarcísio Motta, faz coro e destaca a necessidade da realização de concursos públicos para a área educacional. “Hoje temos uma carência de mais de 21 mil professores, já que 16 mil profissionais estão trabalhando em jornada dupla e 5 mil vagas estão em aberto”, avalia o sindicalista. Na mesma linha, a coordenadora do Sepe estadual, Maria Beatriz Lugão, ainda de acordo com a matéria da Alerj, defende uma política pública para valorizar o professor “em todos os seus aspectos”.
“O que temos visto nos últimos anos é o que se pode chamar de efeito cascata: o poder público não valoriza a Educação, e o setor privado também não”, diz. Ela acrescenta que há uma opção clara do Governo do Estado em gastar com tecnologia e não investir no profissional. “Parece que não se importam com o nosso trabalho cotidiano e, sim, com grandes obras. Precisamos mudar essa política”, dispara Maria Beatriz.
“Será que alguém acredita que climatização de escolas públicas garante ensino de qualidade?”
Segundo Graciete Santana, piso estadual está abaixo do nacional
A coordenadora do Sepe em Campos, Graciete Santana, reclama que o piso estadual dos professores está abaixo do piso nacional, tendo em vista que os professores fluminenses de 20 horas recebem pouco mais de R$ 500, e com os descontos recebe por mês R$ 475,00.
“O governador somente concedeu até agora o enquadramento dos professores de 40 horas do Ciep. A outra concessão está pela metade e não atende as expectativas dos professores do Nova Escola: ele (Cabral) concedeu o teto de R$ 475, mas de forma parcelada, em cinco anos. Mas se ele não se reeleger? Queremos este enquadramento agora”, enfatiza.
Graciete aponta um paradoxo entre a decisão do governador, de instalar aparelhos de ar condicionado nas escolas, “quando as condições das instalações físicas impõem aos professores e alunos situações insalubres”. Ela pontua ainda a violência no âmbito do espaço escolar e ausência de investimento no que é prioritário para as garantias de uma escola pública de qualidade.
“Será que alguém acredita que a climatização das escolas públicas garante ensino de qualidade?”, indaga Graciete, que propõe, em seu blog: “Os investimentos devem começar na garantia de qualificação para os profissionais de Educação e ainda, possibilitar um ambiente escolar propício para a construção do conhecimento e, sem dúvida, em salários dignos para os profissionais de Educação”, defende em seu blog.
aDe acordo com informações do Sepe/Campos municipal, o sindicato estadual vai concentrar, durante o mês de abril, todo o esforço na negociação para que o governador Cabral feche o acordo ainda neste mês e conceda as reivindicações até maio, que é o prazo final previsto na legislação federal para que o estado, município e união possam conceder benefícios aos servidores, por ser ano eleitoral.
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Fonte: O Diário

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