12 de março de 2013

Um espectro ronda o Sindpefaetec... o espectro da categoria mobilizada!


É visível para todos nós a falta de propostas para o encaminhamento da nossa luta por parte da atual direção do Sindpefaetec, como ficou demonstrado logo na primeira assembleia do ano. Temendo ter que enfrentar o governo, o que naturalmente aconteceria caso decidisse realmente estar ao lado dos trabalhadores, a direção do nosso sindicato decidiu levantar suas baterias contra um movimento que recebeu na última eleição quase 1/3 dos votos dos profissionais filiados ao Sindpefaetec. Assim, diante do lamentável panfleto “Avaliação da eleição da diretoria do SINDPEFAETEC para o triênio 2013/14/15” entregue pela direção do sindicato em nossa assembleia do dia 28/2, nos sentimos obrigados a manifestar nossa indignação. Os ataques infundados e os insultos desferidos contra um grupo que exerceu e continuará exercendo o seu pleno direito de propor caminhos ao movimento de trabalhadores da Faetec, que não possui donos, merecem uma reflexão e uma resposta à altura. Porém, não no mesmo (baixo) nível.
A divulgação do documento (sic) pela direção reeleita do Sindpefaetec nos mostra claramente que o seu objetivo é proporcionar ao sindicato uma fuga dos compromissos que uma organização de trabalhadores, que seja realmente de luta, deveria ter com a sua base. Ao opor-se ferozmente a uma parcela significativa da categoria que propõe uma política mais aguerrida e consequente do que a que tivemos nos últimos anos, o Sindpefaetec procura manter sua postura conciliatória – com o governo, diga-se de passagem – que somente nos tem proporcionado grandes perdas salariais e a degradação de nossas condições de trabalho. Para comprovar isto, basta observar que o piso salarial dos profissionais da SEEDUC – que já foi bem inferior ao nosso – superou o piso salarial dos trabalhadores da Faetec, apesar de não ter tido grandes reajustes.
A linguagem e o conteúdo do documento da CHAPA 1 – parece que esqueceram que a eleição ocorreu há quatro meses e que agora devem dar respostas aos anseios da categoria – fazem com que nossos dirigentes sindicais beirem as fronteiras do ridículo e do mais puro espírito reacionário. A agressividade do documento nos faz recordar antigos grupos de extrema direita que procuravam desqualificar seus detratores usando falsas acusações para justificar a repressão política, as perseguições, o exílio, a tortura e o assassinato. Deve ser o efeito ‘Comissão da Verdade’, que está fazendo a direção do Sindpefaetec identificar-se com os aparelhos repressivos e aumentando, mais ainda, sua vocação de bajuladores do governo.
Em seu documento (sic), os diretores do Sindpefaetec abusam de jargões e chavões que resultam num amontoado de baboseiras para qual o melhor destino é a lata de lixo. Destilam um rancor incontido porque sempre estamos presentes em reuniões, atos e assembleias, não dando a trégua e o descanso que tanto almejam para poder curtir tranquilamente suas licenças remuneradas distantes da categoria. E ainda procuram atribuir a ausência de disposição do Sindpefaetec para levar adiante nossas reivindicações à falta de vontade de lutar no seio da própria categoria.
Incomodamos porque combatemos o imobilismo e a falta de combatividade do Sindpefaetec. A perda do poder aquisitivo dos nossos salários é visível. O PCCS foi mandado para a SECT – garantindo a reeleição de uma direção em que alguns de seus membros estão lá desde a fundação da APEFAETEC – e agora voltou para a Faetec. E qual é a resposta que o Sindpefaetec dá para estas e outras questões urgentes para nossa categoria? Nenhuma. Nos últimos anos, nossos parcos reajustes tem sido uma extensão dos índices obtidos na luta do SEPE e dos profissionais da educação da SEEDUC. Outra vez, o Sindpefaetec quer empurrar com a barriga nossa campanha salarial e se recusa a enfrentar a Faetec e o governo. Sem esse enfrentamento não haverá conquistas. A categoria tem que estar atenta, se organizar e pressionar o Sindpefaetec. Se não nos manifestarmos, se não nos unirmos e levarmos o Sindpefaetec para a luta ficaremos, mais uma vez, ‘a ver navios’.
OPOSIÇÂO PELA BASE – Unidos somos fortes!

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