25 de fevereiro de 2013

Escolas empobrecidas, sem História nem Geografia



Os professores carecem de condições para um trabalho digno. A sociedade alterou suas expectativas referentes à escola e, assim, criou-se um complicado jogo de múltiplas contradições e, para essa complexidade, não cabem respostas e políticas simplistas.

Afinal, para que a escola existe? Para formar adequadamente as gerações futuras ou para preparar os estudantes para avaliações externas como Enem, Saresp, Prova Brasil, Pisa etc.?

A que se destinariam os conhecimentos? Deveriam eles compor um mosaico para criar curiosidades, desejos e perguntas nos estudantes ou só serviriam para produzir informações para uso em testes de avaliação?

Nós, pesquisadoras de educação, ficamos mais uma vez perplexas ao nos depararmos com a nova proposta curricular do ensino público do Estado de São Paulo. Para bem aprender o Português e a Matemática, sugere-se excluir os conhecimentos de História, Geografia e Ciências do 1º ao 3º ano e manter 10% dessas disciplinas no 4º e 5º anos do currículo básico. Por essa nova proposta, ficou assim decretado: doravante, por meio desse novo currículo básico, as crianças de escolas públicas estaduais só receberão, até o 3º ano, aulas de Português e Matemática! Partindo do pressuposto evidentemente errôneo de que um conhecimento atrapalha o outro, as aulas de História, Geografia e Ciências serão eliminadas do currículo desses estudantes.

Como consequência dessa política, nas escolas de tempo integral, o aluno terá aulas em um período e, no outro, oficinas temáticas das diferentes áreas do conhecimento, algumas obrigatórias e outras eletivas escolhidas de acordo com o projeto pedagógico da escola.

À primeira vista, esse currículo está "rico" e diversificado; no entanto, pelo olhar sério e comprometido, ele estará fatalmente fragmentado. Primeiramente porque verificamos que as oficinas obrigatórias também não objetivam, do mesmo modo, um trabalho com História, Ciências e Geografia; pelo contrário, voltam-se novamente para a Matemática e para o Português.
Além disso, como trabalhar a oficina optativa, por exemplo, de Saúde e Qualidade de Vida sem os fundamentos das ciências? Intriga a essa altura saber: por que oficinas e não estudo contínuo? O que se ganha com isso? Vários equívocos nos saltam aos olhos! O primeiro deles é considerar que o conhecimento de algumas áreas é acessório, ocupa espaço e ainda impede o bom aprendizado do Português e da Matemática!

As concepções de escrita e leitura, por exemplo, acabariam por ser responsabilidade exclusiva de uma única disciplina do currículo. Não seria essa uma visão muito simplista de aprendizagem, pois parece supor que o estudante não desenvolve processos de escrita e leitura também em outras disciplinas?

Outro equívoco é a suposição de que para estudantes de escola pública o mínimo basta! Para que sofisticar com lições da história, da natureza e do lugar do nosso povo? Conhecimento científico seria enfim útil para quê?

A aprendizagem não ocorre por partes. O aprendizado é todo ele integrado e sistêmico. Um bom ensino de História expande o pensamento e as referências e o estudante, assim, tem condições para perceber relações de fatos, tempo e espaço, tão necessárias à aprendizagem matemática.

A Geografia leva nossos pensamentos para viajar em outros espaços; possibilita compreender a diversidade das sociedades, conhecer e apreciar a natureza, aprender a observar e a estabelecer conexões entre lugares e culturas. Mergulhados, assim, nesses novos referenciais, os estudantes podem compreender melhor a própria realidade e encarar suas circunstâncias com pleno envolvimento. Isso certamente repercutirá na sua vida e no seu aprendizado, com consequência, por exemplo, em estudos simbólicos e gráficos.

Como deixar de aproveitar a natural curiosidade das crianças, seu espírito exploratório, suas perguntas intrigantes acerca dos fenômenos da natureza e, dessa forma, tecer as bases de um fundamental espírito científico, que por certo ajudará a compreender a Matemática e a recriar o Português?

Será que a estratégia de oficinas, ao invés do estudo contínuo, dará conta de captar tal complexidade e também de tornar possível um processo de ensino-aprendizagem que seja capaz de construir os conhecimentos de Geografia, História e Ciências que ficaram tão diminuídos no currículo básico?

De nosso ponto de vista entendemos que a questão não é separar para empobrecer. O que vale é democratizar as possibilidades de ser e de estar melhor no mundo. E para que isso aconteça precisamos da integração total de saberes e práticas.

As crianças de classe social mais favorecida possuem, antes já de chegar à escola, uma gama infindável de vivências. As crianças de classe popular, em sua maioria, chegam já à escola destituídas desse capital cultural. Possuem outras ricas e profícuas experiências que, nem sempre, são valorizadas e transformadas na escola. No entanto, o importante é trabalhar pedagogicamente com essas experiências de modo a transformá-las em vivências socialmente válidas. Pensamos que o fundamental é ampliar as oportunidades ao invés de restringi-las; para tanto, a experiência com as diferentes áreas do conhecimento é essencial.

Preocupa-nos o risco de a função da escola, para as crianças dos anos iniciais, limitar-se, a partir da reforma proposta, ao ensino das habilidades mínimas de leitura e escrita e de cálculo, retirando-se as cores e os sabores das descobertas que se fazem no contínuo do seu desenvolvimento. Preocupa-nos que esse projeto ganhe força e se concretize em outros níveis de ensino e em outros Estados. Preocupa-nos que as oficinas contribuam mais para o esvaziamento dos conteúdos do que para a construção de conhecimentos. O que será da nossa escola pública, então? Um reducionismo dos conhecimentos, um estreitamento das concepções de ensino-aprendizagem? O objetivo final será a quantificação em detrimento da qualidade? E, se atingir índices é o foco dos processos de ensino-aprendizagem, o que isso realmente significa? Qual é a verdadeira motivação da política educacional implícita nesse movimento?

As autoras Maria Amélia Santoro Franco (Unisantos), Valéria Belletati (Instituto Federal de São Paulo), Cristina Pedroso (USP/FFCLRP) são doutoras em Educação e Ligia Paula Couto (Universidade Estadual de Ponta Grossa) é doutoranda em Educação. Todas são pesquisadoras do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Formação do Educador (GEPEFE) – FEUSP.

FONTE:http://www.diarioliberdade.org/brasil/lingua-educacom/35776-brasil-escolas-empobrecidas,-sem-história-nem-geografia.html

Os professores carecem de condições para um trabalho digno. A sociedade alterou suas expectativas referentes à escola e, assim, criou-se um complicado jogo de múltiplas contradições e, para essa complexidade, não cabem respostas e políticas simplistas.

Afinal, para que a escola existe? Para formar adequadamente as gerações futuras ou para preparar os estudantes para avaliações externas como Enem, Saresp, Prova Brasil, Pisa etc.?

A que se destinariam os conhecimentos? Deveriam eles compor um mosaico para criar curiosidades, desejos e perguntas nos estudantes ou só serviriam para produzir informações para uso em testes de avaliação?

Nós, pesquisadoras de educação, ficamos mais uma vez perplexas ao nos depararmos com a nova proposta curricular do ensino público do Estado de São Paulo. Para bem aprender o Português e a Matemática, sugere-se excluir os conhecimentos de História, Geografia e Ciências do 1º ao 3º ano e manter 10% dessas disciplinas no 4º e 5º anos do currículo básico. Por essa nova proposta, ficou assim decretado: doravante, por meio desse novo currículo básico, as crianças de escolas públicas estaduais só receberão, até o 3º ano, aulas de Português e Matemática! Partindo do pressuposto evidentemente errôneo de que um conhecimento atrapalha o outro, as aulas de História, Geografia e Ciências serão eliminadas do currículo desses estudantes.

Como consequência dessa política, nas escolas de tempo integral, o aluno terá aulas em um período e, no outro, oficinas temáticas das diferentes áreas do conhecimento, algumas obrigatórias e outras eletivas escolhidas de acordo com o projeto pedagógico da escola.

À primeira vista, esse currículo está "rico" e diversificado; no entanto, pelo olhar sério e comprometido, ele estará fatalmente fragmentado. Primeiramente porque verificamos que as oficinas obrigatórias também não objetivam, do mesmo modo, um trabalho com História, Ciências e Geografia; pelo contrário, voltam-se novamente para a Matemática e para o Português.
Além disso, como trabalhar a oficina optativa, por exemplo, de Saúde e Qualidade de Vida sem os fundamentos das ciências? Intriga a essa altura saber: por que oficinas e não estudo contínuo? O que se ganha com isso? Vários equívocos nos saltam aos olhos! O primeiro deles é considerar que o conhecimento de algumas áreas é acessório, ocupa espaço e ainda impede o bom aprendizado do Português e da Matemática!

As concepções de escrita e leitura, por exemplo, acabariam por ser responsabilidade exclusiva de uma única disciplina do currículo. Não seria essa uma visão muito simplista de aprendizagem, pois parece supor que o estudante não desenvolve processos de escrita e leitura também em outras disciplinas?

Outro equívoco é a suposição de que para estudantes de escola pública o mínimo basta! Para que sofisticar com lições da história, da natureza e do lugar do nosso povo? Conhecimento científico seria enfim útil para quê?

A aprendizagem não ocorre por partes. O aprendizado é todo ele integrado e sistêmico. Um bom ensino de História expande o pensamento e as referências e o estudante, assim, tem condições para perceber relações de fatos, tempo e espaço, tão necessárias à aprendizagem matemática.

A Geografia leva nossos pensamentos para viajar em outros espaços; possibilita compreender a diversidade das sociedades, conhecer e apreciar a natureza, aprender a observar e a estabelecer conexões entre lugares e culturas. Mergulhados, assim, nesses novos referenciais, os estudantes podem compreender melhor a própria realidade e encarar suas circunstâncias com pleno envolvimento. Isso certamente repercutirá na sua vida e no seu aprendizado, com consequência, por exemplo, em estudos simbólicos e gráficos.

Como deixar de aproveitar a natural curiosidade das crianças, seu espírito exploratório, suas perguntas intrigantes acerca dos fenômenos da natureza e, dessa forma, tecer as bases de um fundamental espírito científico, que por certo ajudará a compreender a Matemática e a recriar o Português?

Será que a estratégia de oficinas, ao invés do estudo contínuo, dará conta de captar tal complexidade e também de tornar possível um processo de ensino-aprendizagem que seja capaz de construir os conhecimentos de Geografia, História e Ciências que ficaram tão diminuídos no currículo básico?

De nosso ponto de vista entendemos que a questão não é separar para empobrecer. O que vale é democratizar as possibilidades de ser e de estar melhor no mundo. E para que isso aconteça precisamos da integração total de saberes e práticas.

As crianças de classe social mais favorecida possuem, antes já de chegar à escola, uma gama infindável de vivências. As crianças de classe popular, em sua maioria, chegam já à escola destituídas desse capital cultural. Possuem outras ricas e profícuas experiências que, nem sempre, são valorizadas e transformadas na escola. No entanto, o importante é trabalhar pedagogicamente com essas experiências de modo a transformá-las em vivências socialmente válidas. Pensamos que o fundamental é ampliar as oportunidades ao invés de restringi-las; para tanto, a experiência com as diferentes áreas do conhecimento é essencial.

Preocupa-nos o risco de a função da escola, para as crianças dos anos iniciais, limitar-se, a partir da reforma proposta, ao ensino das habilidades mínimas de leitura e escrita e de cálculo, retirando-se as cores e os sabores das descobertas que se fazem no contínuo do seu desenvolvimento. Preocupa-nos que esse projeto ganhe força e se concretize em outros níveis de ensino e em outros Estados. Preocupa-nos que as oficinas contribuam mais para o esvaziamento dos conteúdos do que para a construção de conhecimentos. O que será da nossa escola pública, então? Um reducionismo dos conhecimentos, um estreitamento das concepções de ensino-aprendizagem? O objetivo final será a quantificação em detrimento da qualidade? E, se atingir índices é o foco dos processos de ensino-aprendizagem, o que isso realmente significa? Qual é a verdadeira motivação da política educacional implícita nesse movimento?

As autoras Maria Amélia Santoro Franco (Unisantos), Valéria Belletati (Instituto Federal de São Paulo), Cristina Pedroso (USP/FFCLRP) são doutoras em Educação e Ligia Paula Couto (Universidade Estadual de Ponta Grossa) é doutoranda em Educação. Todas são pesquisadoras do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Formação do Educador (GEPEFE) – FEUSP.

FONTE:http://www.diarioliberdade.org/brasil/lingua-educacom/35776-brasil-escolas-empobrecidas,-sem-história-nem-geografia.html

24 de fevereiro de 2013

Deliberações da assembleia estadual do dia 23 de fevereiro 2013


Calendário:
Dia 5 de março- paralisação 24 horas. Lançamento da Campanha Salarial 2013. Marcha da Educação em conjunto com FEDEP- da Candelária a Cinelândia. Concentração às 16 horas na Candelária; saída às 17 horas.
13 horas- Assembleia da categoria;
Indicativo para que os núcleos e regionais realizem assembleias Locais
Dia 8 de março- Marcha Unificada do 8 de março: Contra todas as formas de violência contra as mulheres: da Candelária à Cinelândia
21 de março- Marcha dos estudantes/Educação
24 de abril- Marcha Nacional em Brasília
No dia 2 de março haverá uma plenária unificada dos/as funcionários/as administrativos/as

Eixos da Campanha:
1) Salarial: 3 mil para magistério e 2 mil para funcionários/as com base no piso histórico de 5 salários mínimos para professores/as e 3,5 para funcionários/as administrativos/as
2) Direitos:
• Plano de Carreira Unificado com paridade para aposentados/as, incluindo professores/as indígenas;
• À lotação dos/as professores/as e funcionários/as;
• Efetivação dos/as animadores culturais;
• Iaserj e a saúde pública;
• Concurso público já e fim da certificação
3)Gestão Democrática:
• Eleições para direção nas escolas;
• Liberdade de expressão e organização;
• Fim do assédiio moral;
• Eleição de representante das escolas e formar comitês por escolas
3) Pedagógico:
• 1/3 da carga horária para planejamento;
• 1 matrícula, 1 escola;
• Nenhuma disciplina com menos de 2 tempos de aula em todas as séries;
A Assembleia se posicionou contra a resolução que trata do tempo de planejamento, no sentido de ser cumprido dentro da escola;

Deputados fazem representação ao TCE contra remoção de funcionários - veja o documento

20/02/2013






























O Sepe esteve hoje (20/02) pela manhã percorrendo

  os gabinetes da Alerj.
Ali, os diretores do sindicato foram informados que 

os deputados estaduais  
Comte Bittencourt (PPS), Marcelo Freixo (Psol) e

 Paulo Ramos (PDT)  
fizeram na manhã de hoje uma reunião com o Tribunal 

de Contas do Estado (TCE).  
Nela foi apresentada uma representação dos deputados 

 em relação às remoções
  dos funcionários administrativos da Rede Estadual de educação.

Uma nova reunião foi marcada, dessa vez com o  

Ministério Público para avaliar
  uma possível ação na justiça contra o governo

Os deputados informaram ainda
 que a audiência pública sobre as remoções será a

 primeira assim que a comissão
  de educação for constituída.

Assinam a representação os deputados

Clarissa Garotinho, Comte Bittencourt,
Luiz Paulo Corrêa da Rocha, Marcelo Freixo

Maria Inês Pandeló, Paulo Ramos
 e Robson Leite. a deputada Jandira Rocha 

disse que assinará a representação
assim que estiver na Alerj.

Hoje à tarde, o deputado Marcelo Freixo se 

pronunciará na “Ordem do Dia”
sobre as remoções dos funcionários, e também 

a distribuição de cartilhas feitas
 pela Secretaria de educação – em seu conteúdo

 apenas os deveres dos servidores
 do estado são mencionados, esquecendo os direitos 

dos mesmos. Além disso,
o material é um desperdício de dinheiro público, 

já que é feito com um papel
 mais caro que o comum.

O Sepe está preparando cartilhas para a categoria,

 explicando os direitos do
 servidor – mais sobre isso em uma próxima 

matéria aqui no site.

Ao lado, a parte final do documento entregue 

pelos deputados ao TCE,
 com as respectivas assinaturas - em breve, 

disponibilizaremos o
documento na íntegra.

Nota do Sepe sobre o anúncio do secretário Risolia de reajuste para a educação




Na sexta-feira, dia 15, o Secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, divulgou em diversos meios de comunicação que dará aumento salarial aos profissionais de educação do estado, informando apenas que este será acima da inflação.

Segundo Risolia, o governador Cabral concedeu reajuste salarial em todos os anos de seu mandato, o que é uma inverdade, que ano passado não existiu nenhum aumento salarial para os professores da rede. E o aumento para as demais categorias foi abaixo da inflação, o que não melhorou em nada a vida destes servidores. Outra questão é que a incorporação da gratificação do “Nova Escola”, não pode ser computada como reajuste salarial! No site da Secretaria, Risolia afirma que a incorporação da gratificação do Nova Escola foi uma “conquista” do atual governo. Lembramos ao secretário que esta antecipação foi, na verdade, uma conquista da mobilização da categoria. A antecipação do Nova Escola não caiu do céufoi conquistada, reafirmamos, pela nossa mobilização.

Na entrevista à imprensa, o secretário tornou a colocar em pauta o projeto de Certificação para os professores. Desde que foi anunciado, ainda no ano passado, o projeto causou revolta na categoria, que não motivos para “certificar” os professores, que são concursados e passaram por provas que comprovam a sua plena capacidade de exercer a docência em sala de aula. Como se isto não bastasse, Risolia vai destinar para a Certificação um valor menor do que a verba utilizada pelo governo do estado com o extinto Programa Nova Escola.

Também foi divulgado que a Seeduc vai pagar um auxílio alimentação de R$ 160,00. O que o Sepe reivindica é um salário justo, que garanta dignidade também para os aposentados! Além disso, queremos perguntar ao secretário o que ele compra com 160 reais?

Risolia também disse que turmas com menos de 20 alunos serão remanejadas, chamando este tipo de estratégia política como otimização de turmas, quando na verdade o que se faz é economizar os recursos públicos e a criar turmas superlotadas, com professores sobrecarregados! Não vamos aceitar esses ataques a educação pública!

Exigimos reajuste salarial !

Obras raras e públicas,para consulta na internet


A Biblioteca Digital da Unicamp acaba de disponibilizar para consulta pública 43 títulos da Coleção de Obras Raras da Biblioteca Central Cesar Lattes (BC-CL). Dentre os volumes digitalizados, o mais antigo foi publicado em 1559. Outro destaque é uma obra que trata da história natural do Brasil, publicada em 1648 e que traz diversas ilustrações de plantas, animais e cenas de trabalho no campo. “Estamos muito satisfeitos em colocar esse material à disposição de um público mais amplo. Por serem raros, esses livros eram acessíveis a um número muito restrito de pessoas. Agora, qualquer interessado, a despeito do lugar do mundo onde ele esteja, poderá consultá-los gratuitamente”, comemora o coordenador da BC-CL, Luiz Atilio Vicentini.
De acordo com ele, a digitalização dos 43 volumes é resultado de uma parceria entre os sistemas de bibliotecas da Unicamp, USP e Unesp, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O trabalho foi realizado no Laboratório de Digitalização do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP. “A digitalização desses 43 livros é o primeiro passo para a estruturação de um laboratório de digitalização na Unicamp, dentro do projeto de implantação da Biblioteca de Obras Raras [Bora]. Graças ao apoio da Fapesp, nós já adquirimos dois scanners, no valor de 83 mil euros, que devem entrar em operação em março e dar continuidade à digitalização das cerca de 4 mil obras raras do nosso acervo”, estima Vicentini.
Segundo ele, o trabalho feito pelos profissionais do Laboratório de Digitalização da USP foi de altíssima qualidade. Tanto é assim que é possível ao observador analisar detalhes das ilustrações presentes no livro, como as ranhuras das folhas de um cajueiro ou as “estampas” da pele de uma jararaca. “Quero agradecer à colaboração dos colegas da USP, que fizeram um serviço irretocável”, atesta Vicentini.
Entre as obras raras que já estão disponíveis para consulta na Biblioteca Digital da Unicamp, a “Coleção Brasiliana”, composta por volumes escritos por viajantes dos séculos XVI ao XIX, chama a atenção pela riqueza de detalhes das ilustrações. Segundo o coordenador da BC-CL, essas obras certamente gerarão grande interesse por parte de pesquisadores das áreas das artes, história, economia, política e sociologia, entre outras. “Com essa iniciativa, a Unicamp supre a comunidade científica nacional e internacional de mais um instrumento capaz de criar e disseminar o conhecimento”, define.

21 de fevereiro de 2013

Escândalo: Jornal O Dia denuncia prefeito por jogo distribuído nas escolas com propaganda do seu governo















O Jornal O Dia publica hoje (dia 21) matéria de capa denunciando o prefeito Eduardo Paes pela compra e distribuição de 20 mil kits do jogo "Banco Imobiliário - Cidade Olímpica", que está sendo distribuído nas escolas da rede municipal, ao custo de R$ 1 milhão. O jogo, uma adaptação de um tradicional jogo de tabuleiro da empresa Estrela, "Banco Imobiliário", contém propagandas explícitas de obras do governo municipal, entre elas a Transcarioca e a Transoeste. Segundo o Jornal O Dia e a Rádio CBN, a prefeitura admitiu que cedeu para a fabricante de brinquedos a marca "Cidade Olímpica" e encomendou os 20 mil kits, ao custo de R$ 99,90 cada, para distribuir nas escolas da rede municipal. No jogo, as cartas contém somente realizações atuais da prefeitura e do governo do estado - como as Unidades de Polícia Pacificadora, que valorizam os imóveis, Obras de governos anteriores não tem vez.

Num momento em que as escolas sofrem com problemas de estrutura e os profissionais recebem salários bem abaixo da média de outros municípios do estado, o gasto de verbas que poderiam ser usadas na valorização da categoria ou com a melhoria das condições de trabalho em propaganda da prefeitura é um verdadeiro absurdo. Isto sem dizer que já é altamente questionável considerar o jogo Banco Imobiliário como um jogo pedagógico. Afinal, o que um aluno vai aprender calculando quanto lucro ele pode ter, adquirindo uma Clínica da Família ou cobrando pedágio na Transoeste?
 
Fonte: Sepe RJ.

Profissionais das escolas estaduais farão sua primeira assembleia geral no sábado (dia 23/2)

Os profissionais das escolas estaduais realizam no próximo sábado (dia 23 de fevereiro) a sua primeira assembleia do ano, no auditório da ABI (Rua Araújo Porto Alegre 71 – 9º andar), a partir das 14h. O Sepe está convocando os professores e funcionários para discutir a mobilização e planejar a campanha salarial para 2013, que a categoria ficou sem qualquer reajuste no ano passado.

Outro ponto importante a ser debatido na assembléia, são os sucessivos ataques da Secretaria de Estado de Educação contra os direitos dos profissionais de educação.

Desde o final do ano passado, em plenas férias da categoria, a secretaria vem promovendo uma remoção de merendeiras e serventes das suas escolas de origem para colocar em seu lugar trabalhadores contratados por empresas terceirizadas.

Outro ponto que tem causado a revolta da categoria é a reafirmação pelo secretário de estado de Educação, Wilson Risolia, de que a SEEDUC pretende levar à frente o seu projeto de certificação de professores, que prevê gratificações sucessivas para aqueles que forem aprovados em avaliações (provas) para verificar o seu conhecimento. Os profissionais alegam que já fizerem este tipo de avaliação, já que são todos concursados e foram aprovados em concursos públicos e, portanto, não necessitariam de mais um exame de proficiência.

Hoje, a rede estadual contra com cerca de 80 mil professores ativos e cerca de 20 mil funcionários de apoio, que trabalham em mais de 1640 escolas espalhadas pelos 92 municípios do estado. Atualmente, o piso salarial de um professor iniciante na rede estadual é de R$ 1.066. O dos funcionários, de um salario mínimo.
 
Fonte: Sepe RJ.

19 de fevereiro de 2013

Audiência Pública da Comissão de Educação da Alerj sobre remoção de funcionários foi adiada

Atenção funcionários da Rede estadual, a audiência pública da Comissão de Educação da Alerj marcada para esta quarta-feira, dia 20, foi adiada. O Sepe informa que realizará uma corrida aos gabinetes pela manhã e a Assembleia dos funcionários no auditório está mantida para a parte da tarde, às 15h. Segundo os membros da Comissão, o adiamento foi causado por motivos burocráticos, e uma nova data será agendada até amanhã.
 
Fonte: Sepe RJ.

Eles não respeitam a educação!

 Blog da UNIDADE CLASSISTA

 

Eles não respeitam a educação!


cpers.org.br



Os governos federal, estaduais e municipais só lembram de que a educação é prioridade durante as campanhas eleitorais.
O governo Lula, quando sancionou a lei do Piso, fez um grande carnaval do quanto valorizou os educadores. Só propaganda, pois o Piso foi atacado desde que nasceu. O primeiro ataque foi o reajuste, que deveria ter ocorrido em 2009, mas só aconteceu em 2010. Dilma segue a mesma política, ao permitir que o MEC manipule, vergonhosamente, as portarias que estabelecem o valor do custo-aluno e ao não obrigar que estados e municípios cumpram a lei.
Mas o que esperar de um governo que gasta quase metade do orçamento da União para pagar juros da dívida, enquanto destina menos de 5% do PIB para a Educação Pública?
Aqui no RS não é diferente. Tarso faz acordos espúrios com o Ministério Público para pagar um completivo salarial que desrespeita o plano de carreira. Conta, ainda, com a conivência dos deputados na Assembleia Legislativa para aprovar projetos que são verdadeiros ataques à lei do Piso. Sem contar que enganou os funcionários de escola ao prometer criar uma lei estadual para garantir o Piso para esses profissionais e nada fez.
Eles iludiram os trabalhadores com promessas de campanha, mas agora a máscara caiu. Prometeram flores, mas na hora de cumprir, são só espinhos.
Diante de tamanho desrespeito, professores e funcionários de escola devem dar a resposta por eles merecida.
 PARTICIPE DA ASSEMBLEIA GERAL PARA MOSTRAR A NOSSA FORÇA.
 VAMOS EXIGIR O QUE É NOSSO!
 Piso salarial para professores e funcionários
 Manutenção das nossas carreiras
 Nenhum direito a menos para os trabalhadores
 10% do PIB para a Educação Pública já!
NO DIA 8 DE MARÇO, ÀS 14 HORAS, AUDITÓRIO ARAÚJO VIANNA (Av. Oswaldo Aranha, 685, Porto Alegre)

11 de fevereiro de 2013

Escola Pública do RJ será desmantelada por arbitrária e irresponsável decisão governamental.

 

 

Amigos,

compartilhem mais esta barbaridade governamental.

Caros companheiros, 
A única e inédita escola que forma técnicos em artes cênicas, com índices de empregabilidade acima de 90 %, em função de uma metodologia própria, que alimenta estes resultados, foi desmantelada por arbitrária e irresponsável decisão governamental.
Estamos falando das EAT’s - Escola das Artes Técnicas - Luis Carlos Ripper (Mangueira) e Paulo Falcão ( Nova Iguaçu).
Nos ajudem a manter estas escolas de excelência aberta, toda e qualquer mobilização é importante.
COMPARTILHE desta Luta.
SAIBA MAIS ENTRANDO NO BLOG A SEGUIRhttp://sujeitopolitico.blogspot.com.br/

O governo quer acabar com uma escola que acredita em Educação de excelência


Em decisão que demonstra a visão de educação defendida pela atual diretoria da FAETEC, foi anunciado o desmonte da metodologia da Escola das Artes Técnicas, que existe há nove anos, inclusive com a chancela da UNESCO como um dos maiores projetos de inclusão social da América Latina. Esta decisão coloca em xeque o compromisso do atual governo do Estado do Rio de Janeiro com uma educação de excelência, pois o desmantelamento da metodologia das EATs significará um duro golpe para o nosso povo, já que evidencia uma postura que encara a educação como algo não essencial, e, voltada apenas para o fator quantitativo para preenchimento de estatísticas.
  Além de ser uma escola que prioriza a construção coletiva da consciência crítica e política dos indivíduos, dado fundamental para qualquer discussão sobre a cidadania, as EAT’s consagram em sua grade curricular disciplinas como ética, filosofia política, relações humanas, educação ambiental, história do Brasil, legislação trabalhista, entre outras. Com a decisão da FAETEC de desmontar nossa metodologia nada restará além de cursos técnicos com dois meses de duração voltados, apenas, para produzir mão-de-obra . Uma arbitrária decisão da atual Presidência da Faetec, que conseguiu “vender” ao Governador  a noção de que educação boa é aquela com custo zero.Além disso, o desmonte da metodologia representa a demissão de 70% dos funcionários das duas EAT’s, entre professores e funcionários propriamente ditos.

8 de fevereiro de 2013

UNIDADE CLASSISTA APÓIA A LUTA DOS SERVIDORES CONTRA A REMOÇÃO COMPULSÓRIA

Protesto silencioso contra ato de remanejamento de servidor

Um protesto silencioso realizado na manhã de ontem por funcionários administrativos (serventes) de Campos e Macaé da Secretaria Estadual de Educação em frente à sede Regional Norte Fluminense mostrou a indignação dos trabalhadores da área de Educação após serem surpreendidos com a notícia de que todos os funcionários estatutários — dentre eles aqueles que já prestam seus serviços a mais de 20 anos — seriam remanejados para escolas em pontos distantes dos municípios, obrigando-os a sair de junto de suas residências e percorrer trajetos muito maiores.

Na ocasião, um documento de desaprovação também foi  assinado pelos servidores estaduais e foi levado ao órgão.
Para tratar da questão do quadro de remanejamento uma audiência pública está marcada para o dia 27 de fevereiro, às 14h, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Os funcionários estão recebendo apoio do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) e da Corrente Sindical Unidade Classista (CSUC). Segundo o coordenador do Sepe, Carlos Santafé, a decisão tomada pelo Secretário Estadual de Educação, Wilson Risolia, se trata de uma má interpretação da lei.

— A justificativa dada pela Secretaria Estadual de Educação foi a de que o Tribunal de Contas teria orientado o remanejamento por não se poder pode misturar funcionários estatutários com funcionários terceirizados. Não existe essa orientação. O que temos aqui são diversos funcionários idosos e cansados, muitos em vias de se aposentar, sendo jogados na estrada — informa Carlos.

A equipe da Folha da Manhã tentou contato com a coordenação da Secretaria Estadual de Educação, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição, às 19h50.
Ciro Mariano