A educação, no Estado do Rio de Janeiro chegou ao fundo do poço. Obra de sucessivos governos, a situação nunca esteve tão caótica, como provam os índices nacionais que colocam o Rio como um dos piores estados em se tratando de ensino.




De nada adiantaram as tais “políticas educacionais”, como a falecida Nova Escola, e a mais recente “novidade”: a GIDE. O resultado tem sido sempre um desastre.


Este desastre tem um propósito: a precarização e privatização do ensino em nosso estado. Se por um lado podemos observar isto em outros governos, por outro, é justamente na gestão Cabral que esta tendência se aprofunda.



A mais nova invenção deste governo é o assim chamado “Projeto Autonomia”, financiado pela Fundação Roberto Marinho. Este projeto, afinado com os interesses do grande capital, está destinado a substituir a EJA (Educação de Jovens e Adultos), dividindo os saberes em duas áreas generalísticas, havendo um professor para as matérias “humanas” (História, Geografia, Línguas ...), e outro para as áreas de Matemática, Física, Química ... . E, é claro, tudo com a ajuda dos vídeos produzidos pela Fundação Roberto Marinho. É a super- exploração do professor, e o super lucro do capital!


Que resultados isto pode ter? Mais um desastre, com certeza!


Nada de estranhar de um governo que só se preocupou em arrasar o profissional da educação. Cabral, como bom agente do capital (assim como Panisset e Dilma, seus aliados), tem se caracterizado pelo desrespeito ao profissional da educação.


Não nos consulta para implantar estas tais “pérolas” como a GIDE e o Autonomia, não negocia com a categoria quando esta se encontra em mobilização, e, por vezes, trata as nossas passeatas na base do tiro, mostrando seu caráter autoritário e fascista.


É por todo este quadro que a educação em nosso estado está aos frangalhos, amargando a penúltima posição no índice do IDEB, e sendo a capital com maior índice de reprovação e abandono do país. E ainda querem nos tirar direitos adquiridos como o triênio!
CHAPA 7/SEPE SÃO GONÇALO - DIÁRIO DA CLASSE
                                    O SEPE QUE QUEREMOS: SÓ A LUTA CLASSISTA FUNCIONA.
A gestão Cabral tem se notabilizado por ter montado uma das mais cruéis máquinas de repressão ao povo pobre. Esta política, batizada de “política de enfrentamento”, se baseia na destinação de amplos recursos financeiros para a área de segurança pública, cuja menina dos olhos são as UPPs. 




Esta política é responsável por milhares de mortos nas favelas e bairros pobres do Rio. Chacinas e milícias, são apenas uma das facetas que o extermínio do povo pobre adquiriu em nosso estado. Todo este sangue jorra nas mãos de Cabral e seu “correligionários”.


Se já não bastasse isto, este crápula ainda é alvo de inúmeras acusações de corrupção e associação criminosa com o empresariado nacional (com direito a ridículas “dancinhas” em Paris e tudo). 


Entretanto, de forma lenta e ininterrupta, Cabral e seus antecessores estão assassinando a educação no Rio de Janeiro. Este é o seu principal crime. Crime este cometido contra os profissionais da área, contra a juventude do Rio, contra os seus pais, enfim, contra toda a sociedade.


É em contraposição a tudo isto que devemos nos levantar! Somente organizando um movimento dos profissionais da educação que defenda as bandeiras históricas do movimento, e lute contra todo este processo de privatização e precarização do nosso trabalho, é que poderemos mobilizar toda a sociedade na luta por uma educação que sirva ao povo.