26 de janeiro de 2012

Escolas terão verba extra para dobrar carga horária

Rio - O Ministério da Educação selecionou 552 escolas fluminenses (municipais e estaduais) de Ensino Fundamental — 14.200 no País todo — para funcionar em horário integral este ano. A que tiver interesse receberá recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola. Cada unidade ganhará R$ 37 mil para aplicar nos 10 meses letivos


  • ESCOLAS DO ESTADO QUE FUNCIONARÃO EM HORÁRIO INTEGRAL:
    CE DOUTOR FELIZ MIRANDA
    ETE ANTONIO SARLO
    EE SUCENA JASBICK ALEXANDRE
    CE VISCONDE RIO BRANCO
    CE DOM OTAVIANO DE ALBUQUERQUE

  • Escolas de CAMPOS que funcionarão em horário integral neste ano:
    MUNICIPAL:
    EM AUGUSTO MACHADO VIANA
    EM PROFESSORA OLGA LINHARES CORREA
    EM ROTARY I
    EM MARIA LÚCIA
    EM PROFESSORA SEBASTIANA MACHADO SILVA
    EM SANTO ANTONIO

  • E.M.Manoel Ribeiro do Nascimento,
  • EM Professora Aurea Simão e EM Nova Canaã

24 de janeiro de 2012

Veja os Estados que não cumprem a lei do piso nacional para professor

A lei nacional do piso do magistério não é cumprida em pelo menos 17 das 27 unidades da Federação,a legislação prevê mínimo de R$ 1.187 a professores da educação básica pública, por 40 horas semanais, excluindo as gratificações.

A lei também assegura que os docentes passem ao menos 33% desse tempo fora das aulas para poderem atender aos estudantes e preparar aulas, visando, assim, melhorar a qualidade do ensino.

No ano passado a Folha de São Paulo fez um levantamento, mostrando que a jornada extra-classe é o ponto mais desrespeitado da lei.

PREFEITURA DO RIO! EDUCAÇÃO: A EXCLUSÃO AUTOMÁTICA!

E-MAIL ENVIADO POR LMDC

1. O Ministério da Educação divulgou os dados do Censo Escolar de 2010 e 2011, detalhando o número de matriculas. Em 2010, o número de matrículas no Ensino Fundamental -nas nove séries somadas- alcançou 541.579 matrículas. Em 2011, neste mesmo nível, a soma de todas as séries alcançou 529.959. O Tribunal de Contas da Prefeitura do Rio, em 2008 anotou 562.602 matrículas.

2. Ou seja, nestes 3 anos de gestão do PMDB na cidade do Rio de Janeiro o número de matrículas no ensino fundamental teve uma queda anual sistemática, passando, em 3 anos, de 562.602 matrículas para 529.959, uma redução de 32.643 matrículas, ou quase 6% a menos. São mais de 32 mil alunos fora da escola pública em sua formação básica.

3. Na Educação Infantil eram 116.060 matrículas em 2008 e em 2011 caíram para 110.536. Menos 5.524 crianças fora das creches e pré-escolas, ou menos quase 5%.

4. No Ensino para Jovens e Adultos -processo de reinclusão- as matrículas em 2008 eram 27.101, caindo para 24.744 matrículas em 2010 e para 22.138 em 2011. Uma queda de 4.963 matrículas em 3 anos, ou menos 18%, um número grave que significa a inversão do processo de reinclusão pela escola.

5. Mas no governo do Estado do Rio, do PMDB, foi a mesma coisa na Cidade do Rio de Janeiro. Comparando apenas os anos de 2010 e 2011 pelos dados oficiais do Ministério da Educação, no Ensino Médio, em 2010, eram 193.796 matrículas, caindo em 2011 para 177.216 matrículas. Uma queda de 16.580 matrículas ou 8,5% em apenas um ano. Sublinhando: em um ano, 16.580 jovens deixaram de frequentar o ensino médio do governo do Estado do Rio.

6. No Ensino Técnico, dito e repetido como prioridade para a empregabilidade, em 2010, as escolas do governo do Estado do Rio na Cidade do Rio de Janeiro tinham 14.309 matrículas. Mas, em 2011, caíram para 10.093 matrículas, ou menos 4.216 matrículas, ou menos espantosos 29%. E em nível federal foi a mesma coisa na Cidade do Rio de Janeiro. No Ensino Médio eram 8.142 matrículas em 2010, caindo para 6.339 em 2011. Uma queda de 1.803 matrículas, ou menos espantosos 22%. O ensino técnico em nível federal foi a mesma coisa: 3.927 matrículas em 2010 e 2.202 matrículas em 2011, numa redução de 1.725 matrículas, ou menos inacreditáveis 44%.

7. Esse é um processo de EXCLUSÃO AUTOMÁTICA das Escolas Públicas. É a perversa contra face do elitismo, da seriação e da privatização da Escola Pública no Rio em todos os níveis.

23 de janeiro de 2012

Sepe se solidariza com moradores de Pinheirinho

O Sepe se solidariza com os mais de 6 mil habitantes da localidade conhecida como “Pinheirinho”, em São José dos Campos (SP), que ontem (dia 22) foram retirados de suas moradias, violentamente, pela Polícia Militar, a mando do governador Geraldo Alkmin (PSDB). O governador descumpriu uma decisão do Tribunal Regional Federal, que determinava que a desocupação estava suspensa, segundo despacho assinado pelo juiz Samuel de Castro Barbosa Melo.

O prefeito Eduardo Cury (PSDB) e o governo do estado se aproveitaram da trégua determinada pela Justiça Federal para atacar o movimento de surpresa, no domingo pela manhã. A invasão ocorreu por volta das 6h, com helicópteros, blindados, armas de fogo, bombas de gás e pimenta e 2 mil homens vindos de 33 municípios. Até a Rota, uma força de elite policial reconhecida pela sua violência, foi utilizada.

A imprensa informa que um homem foi atingido nas costas por uma bala de um revólver calibre 38 por um guarda civil. O homem levou um tiro nas costas e está hospitalizado. Outras nove pessoas ficaram feridas - entre elas um assessor da Presidência da República, presente ao local. O advogado dos moradores, Antonio Ferreira, disse ter sido baleado na virilha, no joelho e nas costas com balas de borracha. Paulo Maldos, secretário de Articulação Social da Presidência da República, foi atingido nas costas.

De fato, um verdadeiro exército foi usado para desalojar trabalhadores – na verdade, estes cidadãos são vítimas da especulação imobiliária, já que o Pinheirinho fica próximo a uma região considerada “nobre”.

Durante a ação policial, muitos moradores foram feridos por disparos de bala de borracha. Há muitos relatos de agressão policial contra idosos, mulheres e até deficientes físicos. Inúmeras mães denunciam que foram impedidas pela polícia de pegar roupas, fraldas e até mesmo os próprios filhos dentro da ocupação.

Terreno é do empresário Nahas, preso em 2008 por corrupção e lavagem de dinheiro:
Guilherme Boulos, do MTST, sendo espancado pela Guarda Civil


O terreno pertence à massa falida da empresa Seleta do empresário Naji Nahas (preso, junto com Daniel Dantas e o ex-prefeito Celso Pita, pela Polícia Federal durante a operação Satiagraha, em 2008, que investigava desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro. Nahas foi solto, já que a Justiça considerou inválidas as provas obtidas pela PF). Pinheirinho foi ocupado pela população em 2004. Na última quarta-feira à noite, houve um acordo entre a massa falida da empresa e os ocupantes do terreno. Haveria uma espécie de trégua por 15 dias, para um entendimento entre as partes envolvidas. Mas o governador e o prefeito ignoraram o acordo.

A reintegração de posse da área aconteceu em meio a um imbróglio jurídico, envolvendo uma disputa de competência entre magistrados estaduais e federais. No domingo, na hora da operação, estavam em vigor duas determinações: pela Justiça estadual, a ordem era para desocupar a área. Pela federal, nada poderia ser feito. Só no início da noite de ontem e, portanto, após a retirada das famílias terminar, que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) emitiu uma decisão liminar, dizendo que a competência sobre a permissão de reintegração de posse era da Justiça Estadual.

Durante a execução da ordem judicial pela PM, dois oficiais federais de Justiça estiveram no local para determinar a suspensão da reintegração de posse. Os moradores chegaram a comemorar, mas os servidores federais foram ignorados pela polícia.
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Fonte: SEPE

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21 de janeiro de 2012

Manual da velha mídia: como cobrir uma greve



Jornalismo B - [Alexandre Haubrich] A cada movimento grevista, os ataques da mídia dominante se sucedem. Isso acontece porque determinados setores da mídia atuam não como espaços informativos, mas como instrumentos discursivos das elites.

Abaixo, um imaginado (ou nem tanto) manual prático da velha mídia brasileira sobre como cobrir uma greve. Baseado em fatos reais:

1. Para tentar esvaziar a greve:

1.1. Diga que a greve é “de vanguarda” e que os trabalhadores não foram devidamente consultados;

1.2. Caso você seja obrigado pelos fatos a admitir que houve uma Assembléia Geral, diga que a Assembléia teve pouca participação;

1.3. Diga que a Assembléia que definiu a greve teve grande quantidade de discordantes;

1.4. Faça todo o possível para mostrar os trabalhadores como simples massa de manobra das lideranças sindicais

1.5. Ignore o fato de que as lideranças sindicais são eleitas pelos próprios trabalhadores;

1.6. Ignore a obrigação legal que as lideranças sindicais têm de convocar uma Assembléia Geral para votar uma proposta de greve;

1.7. Afirme, reafirme e repita quantas vezes for possível que a greve está esvaziada, estando ela como estiver.

2. Para pressionar o governo contra os grevistas:

2.1. Escreva que os grevistas estão provocando o governo;

2.2. Diga que o resultado das mobilizações vai demonstrar “quem realmente manda” no governo;

2.3. Garanta que o governo perderá força se ceder às exigências dos grevistas;

2.4. Ameace: escreva que ceder é demonstrar fraqueza, e que governos fracos não se sustentam no poder;

2.5. Coloque a sociedade contra o movimento, fazendo o governante ver que perderá votos na próxima eleição caso ceda.

3. Coloque a sociedade contra o movimento:

3.1. Destaque todos os prejuízos que o cidadão “de bem” terá com a greve;

3.1.1. Se for uma greve de professores, ressalte os danos às férias escolares, ao vestibular e ao aprendizado das crianças;

3.1.2. Caso alguma manifestação dos grevistas interrompa o trânsito, faça imagens do congestionamento, e não esqueça de falar que os “trabalhadores” foram prejudicados por não conseguirem chegar às empresas onde trabalham.

4. Na hora das entrevistas:

4.1. Evite ao máximo entrevistar grevistas. Se precisar fazê-lo, pouco espaço, e apenas no final da matéria;

4.2. Entreviste muitos “populares” prejudicados pela greve;

4.2.1. Se for uma greve de professores, entreviste diretores de escolas preocupados, pais desesperados, e não hesite em procurar desesperadamente crianças que adorariam estar na escola, mas não podem estudar por causa da greve;

4.2.2. Caso alguma manifestação dos grevistas interrompa o trânsito, entreviste motoristas tensos e anti-greve, mas não esqueça de variar com outros que afirmam “até concordarem” com as reivindicações, mas que também precisam ir trabalhar.

5. Na hora da redação da matéria:

5.1. Comece o texto sempre com os problemas que a greve (“os grevistas”) causa à população;

Obs.: Nos casos em que é possível aproximar ações dos grevistas de atos “criminosos”, os transtornos à população devem ceder o primeiro posto e serem transformados em uma segunda questão a ser colocada no texto;

5.2. Esforce-se para mostrar posicionamento das instituições do governo contra a greve;

5.3. As reivindicações dos grevistas devem aparecer em um ou dois parágrafos, no máximo, no fim da matéria;

5.4. Possíveis denúncias dos grevistas devem aparecer sempre acompanhadas de “suposto” ou derivados.

6. Glossário subjetivo:

Grevista = vagabundo

População = desrespeitada

Greve = vagabundagem

Mobilização = baderna

Empresas = coitadinhas

Reivindicações = privilégios

12 de janeiro de 2012

Planejamento convoca usuários do RioCard

FOLHA DA MANHÃ


A Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão está convocando os usuários do RioCard que não atenderam a convocação para o recadastramento realizado entre os dias 5 e 8 de dezembro. Eles devem comparecer à sede da Prefeitura de Campos até esta sexta-feira (13), das 8h às 13h, para regularizar a situação em relação ao benefício.

A listagem com os nomes das pessoas que não cumpriram o cronograma de atualização de dados, feito pela Superintendência de Recursos Humanos da Secplan, está no link do site oficial da prefeitura (www.campos.rj.gov.br). Serão aplicadas medidas disciplinares cabíveis aos usuários que não atenderem a esta convocação.

Os beneficiados com o RioCard devem comparecer à sede da prefeitura levando RG, original e cópia; CPF, original e cópia; comprovante de residência atualizado, podendo ser conta de luz; comprovante bancário (cópia e original), assim como um telefone para contato posterior.

11 de janeiro de 2012

Demissões em massa na UGF e na UniverCidade

Boletim Eletrônico da Feteerj

Rio de Janeiro, 5 de janeiro de 2012 – Ano I – Nº 01 – Edição 01

Demissões em massa na UGF e na UniverCidade

O Sinpro-Rio denunciou a demissão de cerca de 600 profissionais, entre professores e funcionários técnicos administrativos na Universidade Gama Filho e na UniverCidade, ambas IES privadas mantidas pelo grupo Galileo. Essas demissões em massa correspondem a mais de um terço do total de profissionais, e vieram acompanhadas por aumento abusivo das mensalidades, que beira os 25%.

A Feteerj está na luta juntamente com o Sinpro-Rio em prol dos demitidos, com ações políticas e jurídicas para preservar os seus direitos.

Desdobramentos

Na defesa dos direitos dos trabalhadores o Sinpro-Rio oficiou a mantenedora cobrando esclarecimentos sobre as demissões, tais como números, nomes e datas de homologações.

O Sindicato também prepara denúncias ao Ministério da Educação; ao Ministério Público do Trabalho; à Superintendência Regional do Trabalho; às Comissões de Educação da Câmara de Vereadores do Rio, da Alerj, da Câmara Federal e do Senado; sobre a ação abusiva e outras irregularidades do processo.

Convocação

O Sindicato convoca os professores demitidos de ambas as instituições para uma reunião na próxima terça-feira, dia 10, às 11h, na Sede do Sindicato - Rua Pedro Lessa, 35, Centro do Rio - para discutir ações contra tamanha arbitrariedade.

Acaba distinção entre trabalho na empresa, em casa ou a distância

A Lei 12.551, sancionada pela Presidente da República em meados de dezembro, alterou o artigo sexto da CLT para equiparar os efeitos jurídicos do trabalho exercido por meios telemáticos e informatizados ao exercido por meios pessoais e diretos. Significa que, no Brasil, deixa de haver distinção entre trabalho na empresa, em casa ou a distância. A lei é uma tentativa de acompanhar o avanço da tecnologia e o aumento da preocupação com qualidade de vida. Agora, oficialmente, não importa mais o local de trabalho, mas se o trabalhador executa a tarefa determinada pela empresa.

Veja, abaixo, a íntegra da lei:

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 12.551, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2011.


Altera o art. 6o da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, para equiparar os efeitos jurídicos da subordinação exercida por meios telemáticos e informatizados à exercida por meios pessoais e diretos.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o O art. 6o da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 6o Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego.

Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.” (NR)

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 15 de dezembro de 2011; 190o da Independência e 123o da República.

DILMA ROUSSEFF
Paulo Roberto do Santos Pinto

ATO CONTRA AS DEMISSÕES DE PROFESSORES

Companheiras e companheiros,

No dia de hoje (10) estiveram reunidos 200 professores demitidos arbitrariamente da Universidade Gama Filho e da Univercidade. A reunião, realizada no Sinpro-Rio, que contou com a presença da Feteerj, debateu medidas concretas contra as demissões, entre as quais destaca-se uma ação na Justiça do Trabalho pleiteando a reintegração dos demitidos.

Na próxima quinta-feira, dia 12 de janeiro, às 16 horas, haverá concentração de professores e estudantes na Candelária, centro da cidade do Rio de Janeiro, que farão passeata até a Rua da Assembléia, onde se localiza a sede do grupo Galileo, mantenedora da Universidade Gama Filho e Univercidade, que demitiram cerca de 600 profissionais de educação na semana passada, sem propor até agora qualquer tipo de indenização.

Já no próximo dia 18, quarta-feira da semana que vem, haverá um ato político na ABI que contará com a presença do Sinpro-Rio, Sindicato dos Médicos, dos Engenheiros e dos Jornalistas, entre outros. É uma ação política concreta contra as demissões, cuja participação de todos os Sinpros é fundamental, já que atinge em cheio nossa categoria.

A Associação Brasileira de Imprensa fica na Rua Araújo Porto Alegre 71, Centro, Rio de Janeiro - RJ. O ato será a partir das 18 horas.

Feteerj

9 de janeiro de 2012

Malba Tahan, o escritor matemático que criou uma didática própria e divertida

Publicado por Marli Castanheira


Malba Tahan - O Árabe Brasileiro

http://www.malbatahan.com.br/



Genial professor, educador, pedagogo, escritor e conferencista brasileiro, Júlio César escreveu ao longo de sua vida cerca de 120 livros de matemática recreativa, didática da matemática, história da matemática e ficção infanto-juvenil, tendo publicado com seu nome verdadeiro ou sob pseudônimo.

Júlio César de Mello e Souza nasceu em 6 de maio de 1895 no Rio de Janeiro e celebrizou-se como Malba Tahan. Foi um caso raro de professor que ficou quase tão famoso quanto um craque do futebol. Em classe, Malba Tahan lembrava um ator empenhado em cativar a platéia que, apesar da disciplina pouco popular, a Matemática, admirava e aplaudia a aula do escritor matemático que criou uma didática própria e divertida, até hoje viva e respeitada.

Malba Tahan, o gênio da Matemática, foi um desastre completo nos números quando era o aluno Júlio César de Mello e Souza, do Colégio Pedro II, no Rio. Nessa época, seu boletim registrou em vermelho uma nota dois, em uma sabatina de Álgebra, e raspou no cinco, em uma prova de Aritmética.

Qual seria a causa de um desempenho tão fraco para alguém que viria a se apaixonar pela Matemática? Com certeza, Júlio César não gostava da didática da época, que se resumia a cansativas exposições orais. Mal-humorado, classificou-a mais tarde como O "detestável método da salivação".

Nas palestras que dava - foram mais de 2000 ao longo da sua vida , nas aulas para normalistas ou nos livros que escreveu, Júlio César defendia o uso dos jogos nas aulas de Matemática. Enquanto os outros professores usavam apenas o quadro-negro e a linguagem oral, ele recorria à criatividade, ao estudo dirigido e à manipulação de objetos. Suas aulas eram movimentadas e divertidas. Defendia a instalação de laboratórios de Matemática em todas as escolas.

"Ele estava muito além de seu tempo", afirma o respeitado matemático e professor paulista Antônio José Lopes Bigode, autoridade em Malba Tahan. "O resgate da sua didática pode revolucionar o ensino", acredita. "Ainda hoje, o ensino tradicional da Matemática é responsável por metade das repetências."
Em sala de aula, Júlio César não dava zeros, nem reprovava. "Por que dar zero, se há tantos números?", dizia. "Dar zero é uma tolice:" O professor encarregava os melhores da turma de ajudar os mais fracos. "Em junho, julho, estavam todos na média", garantiu no depoimento ao Museu da Imagem e do Som.

"Hoje, as atividades lúdicas são muito valorizadas, mas naquela época eram vistas como uma heresia", observa o professor de Matemática Sérgio Lorenzato, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Lorenzato, que foi aluno de Júlio César, guarda como uma relíquia o caderno que usou para anotar as aulas. "Ele dizia que o caderno tinha de refletir a vida do aluno", lembra Lorenzato. "E estimulava que colássemos em suas folhas gravuras, recortes de revistas e jornais e até provas já corrigidas."

Carismático, Júlio César encantava os alunos. Mas nem todos se sentiam à vontade com a sua informalidade. "Os tradicionalistas eram absolutamente contrários a Malba Tahan e ao seu interesse pelo cotidiano da Matemática",explica o editor de livros didáticos da editora Scipione, Valdemar Vello.


Genial professor, educador, pedagogo, escritor e conferencista brasileiro, Júlio César escreveu ao longo de sua vida cerca de 120 livros de matemática recreativa, didática da matemática, história da matemática e ficção infanto-juvenil, tendo publicado com seu nome verdadeiro ou sob pseudônimo.

Júlio César de Mello e Souza nasceu em 6 de maio de 1895 no Rio de Janeiro e celebrizou-se como Malba Tahan. Foi um caso raro de professor que ficou quase tão famoso quanto um craque do futebol. Em classe, Malba Tahan lembrava um ator empenhado em cativar a platéia que, apesar da disciplina pouco popular, a Matemática, admirava e aplaudia a aula do escritor matemático que criou uma didática própria e divertida, até hoje viva e respeitada.

Malba Tahan, o gênio da Matemática, foi um desastre completo nos números quando era o aluno Júlio César de Mello e Souza, do Colégio Pedro II, no Rio. Nessa época, seu boletim registrou em vermelho uma nota dois, em uma sabatina de Álgebra, e raspou no cinco, em uma prova de Aritmética.

Qual seria a causa de um desempenho tão fraco para alguém que viria a se apaixonar pela Matemática? Com certeza, Júlio César não gostava da didática da época, que se resumia a cansativas exposições orais. Mal-humorado, classificou-a mais tarde como O "detestável método da salivação".

Nas palestras que dava - foram mais de 2000 ao longo da sua vida , nas aulas para normalistas ou nos livros que escreveu, Júlio César defendia o uso dos jogos nas aulas de Matemática. Enquanto os outros professores usavam apenas o quadro-negro e a linguagem oral, ele recorria à criatividade, ao estudo dirigido e à manipulação de objetos. Suas aulas eram movimentadas e divertidas. Defendia a instalação de laboratórios de Matemática em todas as escolas.

"Ele estava muito além de seu tempo", afirma o respeitado matemático e professor paulista Antônio José Lopes Bigode, autoridade em Malba Tahan. "O resgate da sua didática pode revolucionar o ensino", acredita. "Ainda hoje, o ensino tradicional da Matemática é responsável por metade das repetências."
Em sala de aula, Júlio César não dava zeros, nem reprovava. "Por que dar zero, se há tantos números?", dizia. "Dar zero é uma tolice:" O professor encarregava os melhores da turma de ajudar os mais fracos. "Em junho, julho, estavam todos na média", garantiu no depoimento ao Museu da Imagem e do Som.

"Hoje, as atividades lúdicas são muito valorizadas, mas naquela época eram vistas como uma heresia", observa o professor de Matemática Sérgio Lorenzato, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Lorenzato, que foi aluno de Júlio César, guarda como uma relíquia o caderno que usou para anotar as aulas. "Ele dizia que o caderno tinha de refletir a vida do aluno", lembra Lorenzato. "E estimulava que colássemos em suas folhas gravuras, recortes de revistas e jornais e até provas já corrigidas."

Carismático, Júlio César encantava os alunos. Mas nem todos se sentiam à vontade com a sua informalidade. "Os tradicionalistas eram absolutamente contrários a Malba Tahan e ao seu interesse pelo cotidiano da Matemática",explica o editor de livros didáticos da editora Scipione, Valdemar Vello.


Leia mais sobre Malba Tahan AQUI E AQUI


4 de janeiro de 2012

Adicional de férias sai dia 10

O DIA ON LINE

Estado paga abono para 113 mil servidores ativos. Valor será depositado no Bradesco

POR ALESSANDRA HORTO

Rio - A Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag) vai pagar o adicional correspondente a um terço de férias para 113 mil servidores ativos no próximo dia 10. Segundo a pasta, a maioria dos servidores que tiram férias neste mês é da Secretaria de Educação. O abono vai sair mais cedo este ano. Em 2011, o valor foi creditado no dia 20 de janeiro. Já em 2010 saiu no dia 15 do mesmo mês. O adicional será pago na conta-corrente do Banco Bradesco.Os servidores que fazem parte deste grupo e ainda não abriram a conta no Bradesco devem ficar atentos. Pois o valor só poderá ser retirado após a formalização da conta no novo banco pagador. Quem não comparecer antes do pagamento deve se dirigir à agência do banco que desejar e apresentar a documentação para abrir a conta.Após o procedimento, o servidor deverá sacar o dinheiro no caixa. Não poderá ser possível efetuar o saque no terminal eletrônico porque o cartão para movimentar a conta não é entregue no ato da formalização (exceto para quem fazer a etapa no posto da Cidade Nova).Todas as regras também são válidas para os demais servidores estaduais — ativos, inativos e pensionistas — que não abriram a conta no Bradesco. O governo do estado afirmou ontem que não há risco destes servidores ficarem sem vencimentos. Mas o salário ficará retido até que a formalização seja feita.Balanço de aberturaDe acordo com informações do Governo do estado, das 456.669 pessoas agendadas, 412.113 (90,24% do total) formalizaram a abertura de suas contas no Bradesco. Cartão na horaPara não ter problemas, no dia do pagamento, o servidor não cadastrado deve comparecer ao posto da Cidade Nova. O cartão da conta será entregue na mesma hora.Ordem de pagamentoOs 7.781 servidores que estão com problemas no CPF vão receber os vencimentos por meio de ordem de pagamento. O procedimento será adotado até a regularização.Exigência do bancoSegundo o secretário estadual de Planejamento, Sérgio Ruy Barbosa, é exigência do Banco Central que a conta seja aberta somente por pessoas com o CPF validado.DocumentaçãoTodos servidores não cadastrados deverão se apresentar no posto ou no banco com a cópia e o original da identidade, além de CPF, comprovante de residência e contracheque