31 de agosto de 2013

NA LUTA PELA EDUCAÇÃO PÚBLICA:





GREVE NAS REDES PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO DO ESTADO E DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO COMPLETAM 20 DIAS
Sérgio Cabral e Eduardo Paes colhem atualmente os frutos que plantaram: o governador e o prefeito, bem como seus padrinhos econômicos, tem sido constantemente questionados nas ruas, por diversos protestos populares. A realidade nos mostra que as máscaras, por mais sofisticadas que sejam, podem cair. Com a bênção da presidenta, ambos vinham se autoproclamando como símbolos da celebrada sintonia política, aparentemente blindada, entre as esferas federal, estadual e municipal.
Provavelmente não podiam prever que esse mesmo alinhamento entre PMDB, PT, PCdoB, PSB, etc., produziria no Rio de Janeiro a intensificação de um conjunto de revoltas e lutas, algumas vezes articuladas, em resposta aos projetos desse bloco governista que atualmente equivale, em termos de conteúdo político de fundo, a partidos como PSDB, DEM, PPS, REDE, etc. – embora mantenham diferenças entre si quanto às formas de administrar o desenvolvimento capitalista.
No contexto da resistência, desde o dia 8 de agosto os profissionais da educação pública tanto do estado do RJ como da capital, representados pelo SEPE, vem realizando uma greve unificada. Não poderia ser diferente: as duas redes, a exemplo de outros lugares do Brasil e demais países capitalistas, vem sofrendo com a obediência dos governos à cartilha do Banco Mundial.
Na prática, esse modelo verifica-se com:
a) a predileção de economistas, em vez de educadores, para estarem à frente das secretarias de educação – notadamente os casos de Wilson Risolia e Claudia Costin;
b) o corte de investimentos, achatando salários, reduzindo a carga horária de disciplinas como filosofia e sociologia, aumentando o número de alunos por turma, descumprindo a lei que prevê 1/3 da carga horária docente para planejamento, sucateando a estrutura física e fechando escolas;
c) o beneficiamento de grupos privados, com altos aluguéis de aparelhos de ar condicionado, terceirizações de funcionários, compra de apostilas, convênios com cursos particulares, compra de material audiovisual (especialmente da Fundação Roberto Marinho), contratações de empresas para a elaboração de provas externas, compra de computadores que ficam entulhados... tudo sem consultar os educadores sobre as reais necessidades das escolas. Cabe lembrar dois exemplos explícitos: a Seeduc mandou distribuir para os professores estaduais cerca de 60 mil exemplares do livro “Depende de Você”, escrito por Andrea Ramal, consultora da TV Globo. Já a empresa Estrela foi agraciada com a compra de 20 mil exemplares de uma versão do “Banco Imobiliário” que fazia propaganda da prefeitura;
d) o cerceamento da autonomia pedagógica, com assédio moral, aumento do controle, imposição de currículos e pacotes “didáticos” mal conjugados a avaliações padronizadas, que ignoram as diferenças entre as escolas;
e) a meritocracia, ou seja, destruição dos planos de carreira e concessão de eventuais bônus salariais para os profissionais que cumprirem metas arbitrariamente estabelecidas pelos governos, com fundamentos técnicos controversos, a partir das quais busca, efetivamente, fazer marketing eleitoral. Isso inclui a aprovação automática indireta, já que os profissionais se veem pressionados a atingir determinadas estatísticas para receber recompensa financeira;
f) o ataque à democracia nas escolas, com a indicação ou seleção unilateral de “gestores” pelos governos, impedindo as eleições diretas de diretores pelas respectivas comunidades escolares. Além disso, na rede estadual, implementou-se um programa de inserção de policiais militares nas escolas, enquanto as mesmas não contam com psicólogos, assistentes sociais, muitas vezes nem mesmo inspetores, porteiros e professores suficientes.
Para essas e outras razões que, assim como as manifestações de junho não eram “só por 20 centavos”, as greves da educação não são só por aumento salarial.

Sepe Campos enviou ofício no dia 27 de agosto solicitando abono do dia 30 de agosto


O Sepe Campos protocolou ofício, no dia 27 de agosto ( terça-feira) ,solicitando abono de ponto dos profissionais de educação de Campos referente ao dia 30 de agosto, Dia Nacional de Lutas.
O Ofício foi protocolado no gabinete da prefeita e também na Secretaria de Educação, respeitando a antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas da paralisação, conforme consta na Lei Nº 7.783/89, que dispõe sobre o exercício do direito de greve.

Para ampliar, basta clicar na imagem abaixo:

30 de agosto de 2013

Assembleia da rede municipal realizada no dia 28 de agosto no Sepe Campos


No dia 28 de agosto (última quarta) foi realizada mais uma assembleia da rede municipal no auditório do Sepe Campos. A assembleia contou com grande participação da categoria, que se mostrou indignada com o descaso do governo municipal para com a educação de Campos.

Segue abaixo imagens da vitoriosa assembleia:
Professores da rede municipal de Campos
Cristini Marcelino - Coordenadora Geral/ Sepe Campos - defende eleição direta para diretores de escolas e afirma que a lista tríplice não nos contempla.


Sandro - Diretor do Departamento Jurídico - esclarece a categoria sobre os direitos da greve


 O pedagogo Wagner Maia propondo novas ações para o Dia Nacional de Lutas
Professora Graciete Santana na luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade


Professor Amaro Sérgio fala sobre assédio moral e repressão dentro das unidades escolares do município

27 de agosto de 2013

Sepe fala sobre eleições nas escolas

Jornal Folha da Manhã

O Sepe divulgou há pouco nota sobre eleições de escolas, anunciada semana passada pela Prefeitura de Campos (lembre aqui)
O SEPE e a eleição de diretores de escolas
A luta pela eleição de diretores de escolas é uma bandeira histórica do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação.
No Núcleo Campos desde o final dos anos 80 estamos nesta luta. Após muita mobilização, conseguimos ter nossa proposta de eleição nas escolas municipais aprovada no primeiro governo de Anthony Garotinho. Não foi concessão, foi conquista de todos os profissionais da educação organizados através do SEPE.
A eleição foi conquistada e muitas escolas fizeram seus pleitos. Infelizmente aos governos não interessam as eleições e por isso jogaram pelo esvaziamento, muitas vezes a escolha acontecia por pressão e estímulo do SEPE em contraponto com a postura da SMEC.
Em 2009 o SEPE fez uma campanha massiva pela eleição direta -”Eu quero eleições diretas para diretores de escolas”- através de boletins, cartazes e chamadas de rádio.
Conseguimos que a eleição fosse incluída no Plano Municipal de Educação e aprovado na Câmara Municipal, que determinava um prazo para que ocorresse: 2012. O prazo expirou e o governo não cumpriu o que estava no plano. O sindicato nviou vários ofícios solicitando audiência para tratar da pauta de reivindicações e reafirmar nossa proposta de eleição DIRETA.
Na última semana a imprensa divulgou que o governo aprovou uma proposta de eleição com lista tríplice. Esta não é nossa proposta, queremos eleição direta de fato sem intervenção do governo nas nossas escolhas.
Já havíamos convocado nossa assembleia da rede municipal para o próximo dia 28 de agosto, quarta-feira e mais que nunca é preciso mobilização para garantirmos que a pauta seja atendida já que está prevista uma audiência com a SMEC em setembro.
Lutar sempre!

25 de agosto de 2013

Nota do PCB-RJ sobre a greve na rede pública de educação




imagem
Comissão Política Regional
20/ 08/ 2013
O Rio de Janeiro presencia mais uma greve dos profissionais de educação das redes estadual e municipal. Defendemos incondicionalmente a luta da categoria. Não é segredo que a educação nas escola públicas, em nosso Estado, vai de mau a pior, num processo inaudito de sucateamento, bem como com a subordinação, cada vez maior, à lógica privatista. É um cenário tão desalentador que, fugindo de seu cinismo habitual, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, num arroubo raro de sinceridade admitiu, em entrevista, que não matricularia os filhos em escola pública "por ter dinheiro para pagar uma escola particular"(*).
Pois bem, enquanto a prole do prefeito e do governador tem acesso a boas escolas, as melhores que o dinheiro pode pagar, os filhos da classe trabalhadora em nosso Estado penam com péssimas condições de ensino e escolas caindo aos pedaços, em um sistema que não possui o menor interesse em emancipar o indivíduo. Os profissionais da educação, por sua vez, humilhados reiteradamente por esse mesmo sistema, padecem com o assédio moral diário e com salários muito aquém da dignidade da função.
Somamos forças à combativa categoria dos profissionais de educação, pois, na busca por uma educação pública de qualidade, que rompa o véu de alienação do capital, em que alunos e professores recebam o respeito que merecem.
(*) Entrevista concedida a Ricardo Boechat, na BandNews FM, em 16/ 08/ 13.
http://pcb-rj.blogspot.com.br/2013/08/nota-do-pcb-rj-sobre-greve-na-rede.html

23 de agosto de 2013

Profissionais da rede estadual fazem manifestação na 28 de março


Ato faz parte do movimento de greve que é contra o plano de cargos e salário apresentado pelo governo
 Carlos Grevi

Ato faz parte do movimento de greve que é contra o plano de cargos e salário apresentado pelo governo

Professores e profissionais da rede estadual de ensino realizaram uma manifestação no início da tarde desta sexta-feira (23/08) na Avenida 28 de março em frente ao colégio Isepam, em Campos.
A manifestação faz parte do movimento de greve que os profissionais do Estado aderiram por conta do novo plano de carreira que deve ser votado no fim deste ano.
Segundo a coordenadora do interior, Victória F. Caragio, a greve que foi iniciada no último dia 12 irá permanecer até que as negociações atendam as expectativas dos profissionais.
“Foi realizada uma assembleia ontem no Rio e hoje estão sendo realizadas algumas aqui em Campos para passar para os profissionais o que foi dito na reunião ontem. Nós vamos continuar com a greve porque o plano que o governo anunciou não é justo para nós”, afirma.
De acordo com os profissionais, o governo não avançou nas negociações sobre o plano de carreira, reajuste salarial e de uma única base de trabalho. Segundo a coordenadora geral Fabiana Gomes Salles, o plano que os profissionais elaboraram está sendo modificado.
“O plano que nós elaboramos em três anos o governo fez alterações por conta própria, e nele nós seremos prejudicamos, pois irá tirar direitos que a gente tem hoje”, lamenta.

Ela ainda acrescenta: “A gente quer que o plano atenda nossas expectativas e nos valorize”.
Nesta quinta-feira (23/08) o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) conseguiu liminar na Justiça, que proíbe o governo do estado e a Secretaria Estadual de Educação de cortar ponto e lançar o código de falta para os professores da rede estadual que estão em greve.

Postado por: STELLA FREITAS

Fonte: STELLA FREITAS

Siga: twitter.com/siteururau

Uma educação para além do capital


imagem
Pela Base SEPE/ SINPRO do PCB-RJ*
Agosto de 2013
No mês de junho, as manifestações populares ocuparam as ruas de 438 cidades do país. Por volta de 2 milhões de brasileiros protestaram contra as condições de vida insuportáveis. A questão que desencadeou todo o movimento, "a fagulha que incendiou toda a pradaria", foi o aumento das passagens dos transportes urbanos. Entretanto, um sem-número de outras pautas e reivindicações se incorporaram às passeatas. A revolta contra a precariedade da educação, da saúde e dos transportes públicos; a indignação contra o sistema político-eleitoral e a farra com o dinheiro nas mãos dos governantes; a brutalidade das polícias militares, em especial nas favelas; os gastos na ordem de bilhões de reais com construções e reformas de estádios de futebol "com padrão Fifa". Não restam dúvidas, eles assumiram os golpes desferidos pela população. A imprensa mudou a forma de noticiar as marchas– se antes criminalizavam, passaram a aplaudir; suspendeu-se o aumento das tarifas em várias cidades; os índices de popularidade de vários governantes das três esferas (federal, estaduais e municipais) despencaram; e o Poder Legislativo passou a atuar pressionado. Todos os políticos, a partir de agora, pensarão duas vezes antes de tomar qualquer medida antipopular. Foram muitas vitórias. E ainda há muitas a conquistar!
O QUE CABE AOS EDUCADORES
Neste momento, a nossa principal tarefa é trazer as pautas das manifestações que tocam a educação para o debate nas greves, nas comunidades escolares, conversar com os nossos colegas, estudantes e também os pais. Em todas as passeatas, havia muitos estudantes das escolas públicas e particulares. Assim, o momento não poderia ser mais apropriado para discutir todas as mazelas da educação e da sociedade com eles. Devemos travar com a comunidade escolar um amplo diálogo e perguntar: o que poderia ser diferente? Que escolas e universidades queremos? As lutas populares são pedagógicas, elas também educam. O recuo dos governantes nas tarifas dos ônibus não poderia ser uma aula melhor sobre como somente os trabalhadores organizados são capazes de transformar profundamente uma sociedade, vide os exemplos históricos espalhados por todo o mundo.

A EDUCAÇÃO PÚBLICA
As políticas educacionais da rede estadual, da capital e em outros municípios do Estado são muito parecidas. Todas elas estão amparadas em princípios meritocráticos, privatistas e punitivos. São bem claras estas características no projeto de educação no Estado do RJ, representado por Risolia/ Cabral. O programa de bonificação dos professores por metas alcançadas trata-se de uma "aprovação automática" disfarçada, pois premia as escolas que apresentarem menores índices de reprovação. Assim, troca-se dinheiro por aprovações. Desta maneira, a Seeduc (Secretaria de Estado de Educação) consegue melhorar as frias estatísticas sem investir um centavo na educação. A "certificação" de professores também possui o mesmo perfil meritocrático, já que possibilita um aumento dos ganhos associado a aprovação numa prova e a frequência em cursos (para se tornarem repetidores de suas políticas) oferecidos pela Seeduc. Significa, na prática, enterrar o plano de carreira do magistério estadual. Além disso, esses programas não incorporam os aposentados como beneficiados. Por sua vez, o projeto 'Autonomia' (também presente no município do Rio) expõe as suas características privatistas. Toda a concepção pedagógica é transferida a uma entidade privada, a Fundação Roberto Marinho– da Rede Globo. Sabe-se muito bem, esta também possui um projeto político. A quem cabe o projeto pedagógico da educação pública? Aos empresários da grande mídia? A última do secretário Risolia soa ao extremo do ridículo! Ele quis reduzir em 20% a carga horária escolar. De acordo com a resolução, os discentes assistiriam às aulas da grade, de segunda a quinta, e na sexta-feira ficariam liberados para frequentar bibliotecas e realizar atividades extra-curriculares. Uma maneira bem "criativa" de esconder a carência de professores e afastar-se, de vez, das propostas de escolas de turno integral. Também é importante ter clareza sobre o papel dos funcionários (administrativos, inspetores, merendeiras etc.) numa escola. Sem os mesmos, a escola não funcionaria. Todavia, os governantes preferem trilhar o caminho da precarização e da terceirização dos funcionários. A Rede Municipal do Rio não fica atrás. Muito orgulhosa de ser a maior da América Latina, possui 25% das escolas em condições precárias, segundo publicação do jornal "O Dia" em 16/ 07/ 13. Por esta e outras razões, os educadores da capital se encontram em processo de mobilização nesta rede. Em vários municípios, a categoria se mantém em constantes mobilizações, e muitas redes passaram por greves este ano: São Gonçalo, São João de Meriti, Belford Roxo, Macaé, Rio das Ostras, entre outras.
EDUCAÇÃO ESTADUAL E MUNICIPAL EM GREVE
Atualmente, as Redes Estadual e Municipal do Rio de Janeiro encontram-se em greve. Trata-se de uma luta na qual estamos inteiramente inseridos, construindo a mobilização junto às bases e ao Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação. Defendemos:
- eleições diretas para diretores com participação da comunidade escolar;
- fim das políticas meritocráticas (bonificações, avaliações externas, certificação, etc.);
- toda bonificação deve ser incorporada ao salário;
- combate ao assédio moral;
- contra o fechamento de escolas e turmas, denominado pelo governo como "otimização";
- uma escola por matrícula (derrubada do veto ao PL 2.220 para a rede estadual);
- cumprimento da lei de 1/3 da carga horária para planejamento;
- piso de 5 salários mínimos para professor e 3,5 para funcionários administrativos;
- FORA CABRAL, VÁ COM PAES!

20 de agosto de 2013

NÃO POR ACASO...





No governo estadual dos "garotinhos", um grupo de 

professores da rede, defensores do governo, montou uma 

chapa e concorreram à direção do SEPE Campos. Na 

proporcionalidade conseguiram eleger seus representantes

para tentar minar a luta do SEPE mas, não aguentaram a 

pressão. Sim, porque o grupo majoritário desde sempre, com 

muita propriedade, barrou os oportunistas paus mandados.

É bom lembrar que os "garotinhos" odeiam o SEPE pela sua

combatividade histórica e, porque não conseguem cooptá-lo

como fazem com outros sindicatos em Campos. Talvez a 

reprodução de discursos fiéis ao sentimento da atual gestão 

municipal e do SIPROSEP e relação ao SEPE tenha trazido de 

volta essa lembrança. Sei não...

Interessante observar que, os discursos raivosos tem sido 

direcionados justamente àqueles que notadamente tem feito

o enfrentamento e denunciado o descaso do governo 

Rosinha Garotinho com a educação municipal. Sobre o 

SIPROSEP, no qual a maioria dos servidores municipais 

são filiados, apesar de governista tem sido curiosamente 

poupado de críticas. Não por acaso, os "garotinhos" foram 

anunciados como "padrinhos" deste que deveria ser

instrumento de luta para a classe de servidores públicos em 

Campos.

Porque os ataques tem sido desferidos a determinado 

alvo - contraditoriamente - silenciando em relação aos que  

se acomodaram a "burocracia" de sindicatos pouco ou nada 

fazendo em defesa da educação pública e dos profissionais

de educação de Campos?

Outra associação fácil de fazer é que, quando as 

manifestações dos "Cabruncos Livres" tomaram as ruas de 

Campos, se iniciaram palavras de ordem contra partidos e 

sindicatos. Havia muitos infiltrados do governo municipal no 

movimento. Isso foi desmascarado numa manifestação 

quando, na Praça São Salvador, os que teceram críticas ao 

governo municipal sofreram agressões verbais proferidas 

pelos que ali estavam a "serviço" do patrão.

Na ocasião, o alvo também ficou evidente e não por 

coincidência foram os mesmos de agora. Sem contar que 

num programa de determinada emissora de rádio local, 

o marido da prefeita "deu nome aos bois' e expressou toda 

sua ira contra pessoas que empunham bandeiras de luta em 

defesa da educação pública.

A mobilização dos profissionais de educação de Campos é 

legítima e conta com uma pauta histórica, negligenciada nos 

últimos anos pelo governo Rosinha Garotinho. O ódio sectário -
de alguns que se apresentam como líderes do movimento é 

passível de desconfiança a fim de evitar que a 

categoria seja usada como massa de manobra para 

intenções duvidosas e nada confiáveis daqueles que não tem 

educação pública do município como prioridade.

É necessário um olhar atento à conjuntura local e, às 

conjecturas que se apresentam para inibir ações do golpismo 

oportunista.





18 de agosto de 2013

Cuba: Números que gritam e números que enganam



imagem
Análise sobre o desenvolvimento humano em Cuba desde 2000, baseada no relatório anual de Desenvolvimento Humano do PNUD
por Gustavo Marun (*)
Estudo demonstra que, diferentemente do que tem sido propalado sem fundamentação, as reformas cubanas não surgem como tentativa de solução para crise econômica alguma. Pelo contrário, os índices investigados comprovam o alto desenvolvimento recente da ilha, tanto na esfera econômica quanto humana. Explicados principalmente pela interação com o bloco de países da ALBA, os indicadores positivos fazem o desempenho do país figurar entre os maiores das Américas. Este artigo é somente um resumo do estudo mais completo, com gráficos e maiores detalhes, que pode ser visto em: docs.google.com
O estudo foi elaborado baseado nos dados do último relatório anual de Desenvolvimento Humano do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), publicado em 14 de Março passado (http://www.pnud.org.br/arquivos/rdh-2013.pdf). Parte-se dos índices propostos pelo Programa para a análise, ainda que haja críticas e sugestões de aprimoramento dos cálculos.
A principal matéria do estudo é comparar a evolução do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos diferentes países do continente americano desde 2000. O intuito é buscar algum grau de abstração dos processos históricos mais remotos, e dar maior destaque às inflexões político-econômicas mais recentes. Em outras palavras, o olhar sobre a transição foi priorizado em detrimento do olhar sobre estado.
Saúde
O componente de saúde do IDH é calculado através da expectativa de vida ao nascer.
Cuba figura em 2o. lugar no IDH que considera somente a saúde (0,94), logo abaixo do Canadá (0,96), e empatada com Costa Rica e Chile. Cabe registro de que Cuba situava-se em 4o lugar no ano de 2000, com desempenho ligeiramente inferior aos países latino americanos com quem agora aparece empatada, e aos EUA, que por Cuba foram ultrapassados. A título comparativo, Cuba tem atualmente como expectativa de vida 79,3 anos, enquanto Canadá tem 81,1, EUA 78,7, e o Brasil, 73,8.
Outras variáveis poderiam ser levadas em conta para se ter maior consistência nessa medida. Uma composição mais multifacetada de estatísticas a serem consideradas sobre o tema enriqueceria o índice, e possivelmente elevaria ainda mais a constatação do sucesso do modelo socialista cubano nesta área.
Um outro dado que comprova a qualidade e universalidade do acesso à saúde em Cuba, por exemplo, é a taxa de mortalidade infantil (quantidade de crianças com menos de 1 ano mortas entre 1000 nascidas). Neste critério, Cuba lidera o ranking das Américas, empatando com o Canadá e ultrapassando os EUA na última década. Esse dado torna incontestável o sucesso da ação governamental deste país nesta esfera.
O motivo principal do alto desempenho cubano com relação a esta área revela-se facilmente: Durante praticamente todos os anos desde 2000, Cuba é o país das Américas que mais vem investindo em saúde. O percentual do orçamento para essa pasta em relação ao PIB estava ao redor dos 10% em 2010 (último ano com registro), com histórico de crescimento significativo na última década (em 2000, correspondia a aproximadamente 6%).
Educação
Nessa outra dimensão, novamente Cuba se destaca. Mesmo antes de 2000, Cuba já se situava entre as primeiras nações americanas no que tange ao cuidado e desempenho em educação. Porém, a partir de 2000 o índice tem um crescimento consistente, sendo ainda mais acentuado após 2005 (período coincidente com o aumento da relação comercial com a Venezuela e demais países da ALBA), quando esse país aproxima-se substancialmente dos países capitalistas ricos do continente (EUA e Canadá).
Também para a Educação, há que se considerar outras variáveis, a título de maior completude no estudo do tema. O próprio PNUD considerava em anos anteriores a taxa de alfabetização de adultos de cada país para a análise de desenvolvimento da Educação. Agora, adota-se uma composição dos índices de média de anos na escola e expectativa de anos na escola. Consideremos, portanto, a taxa de alfabetização adulta cubana. Com impressionantes 99,8%, Cuba não somente lidera o ranking das Américas, como aparece como 2o lugar no mundo. EUA e Canadá não têm dados recentes de alfabetização, porém os últimos índices publicados em CIA World Factbook, datados de 2003, indicavam 99% para ambos (ver https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2103.html#us).
Assim como para a Saúde, não é difícil encontrar a principal razão do sucesso nas políticas públicas de Educação em Cuba. Cuba, de longe, supera todas as nações do continente no que se refere ao percentual de investimento em Educação em relação ao PIB. Se em 2000, com 7,7%, este país já tinha a taxa mais de 2% maior que a da Bolívia, que figurava em 2o lugar, de 2008 a 2010, com uma oscilação de 14% a 13%, Cuba não tem parâmetros de comparação com nação alguma da região.
Renda
Não se pode negar que a renda é um fator que condiciona o desenvolvimento humano, haja vista que para que se desenvolvam sistemas sociais deve haver investimento. Ocorre que a renda não representa o investimento em si. Não retrata o desenvolvimento humano, no máximo indica um potencial deste desenvolvimento. O propósito do IDH é justamente medir o desenvolvimento humano, e não o econômico. O objetivo deveria ser medir o resultado, não a condição. Não obstante, é sabido o fato de a renda do indivíduo propiciar uma melhor busca por seu desenvolvimento social. No entanto, há que se acrescentar que quase nada mede a renda nacional per capita se a mesma não considera o nível de desigualdade de renda do país. Uma renda alta, porém fortemente concentrada, pode gerar, no máximo, um desenvolvimento humano elevado para a parcela superior mínima que usufrui da quase totalidade da renda. Ou seja, ainda que se opte por continuar considerando esse componente no cálculo do IDH, que amenos se faça um ajuste, levando-se em conta por exemplo o coeficiente de GINI (que mede o grau de desigualdade na distribuição da renda domiciliar per capita entre os indivíduos) das nações.
Além disso, registra-se o fato de essa ser a variável mais sensível ao embargo econômico imposto a Cuba por parte dos EUA.
Ainda com todas essas ressalvas, cabe destacar a extraordinária evolução cubana neste critério durante o período. Com um salto de $ 3209 para $ 5539 na renda nacional per capita com ajuste PPP - correspondente a um aumento de 72,61% - Cuba ultrapassou 3 países. Para ilustrar a grandeza desse avanço, em termos de percentuais de acréscimo, considerando todo o continente, Cuba só ficou atrás do Panamá - que teve crescimento de 75,59% no mesmo período.
Evolução do IDH desde 2000
Aqui se apresenta de forma concisa o principal objetivo do estudo, que é ilustrar a evolução dos índices de desenvolvimento humano das nações elencadas, desde o ano de 2000.
Os países que despontam na evolução do desenvolvimento humano no continente são justamente aqueles alinhados ao redor da ALBA. Não se pode supor que seja mera coincidência 3 destes países (Nicarágua, Venezuela, Cuba) liderarem o ranking. Com o Equador (6o. colocado), então constata-se que os países da ALBA ocupam 4 das 6 primeiras posições. Considerando o escopo adotado, enquanto os países pertencentes à ALBA tiveram a média de crescimento anual de 0,92 em seu IDH, o conjunto de países das Américas tiveram crescimento médio de 0,70, e os da América Latina 0,75. Claramente, governos que tomaram decisões mais arrojadas com relação à estatização de empresas, distribuição de renda, investimentos sociais e integração latino-americana baseada na complementaridade econômica e solidariedade foram justamente aqueles que experimentaram maior acréscimo em seu desenvolvimento humano.
https://mail.google.com/mail/u/0/images/cleardot.gif
Considere-se agora o IDH com e sem o componente de renda, para que se perceba como as imprecisões indicadas anteriormente nessa esfera prejudicam Cuba. Ao desconsiderar-se o componente de renda de IDH, Cuba sai da sexta posição no continente (empatada com o Panamá e México), para a terceira, situando-se apenas atrás dos dois países ricos da América (EUA e Canadá).
Conclusões
Se Cuba já possuía índices de desenvolvimento humano marcantes ao final do século passado, os mesmos tornaram-se ainda mais favoráveis neste século. A tese de que as recentes mudanças econômicas no país se dão como resposta a uma suposta crise não se sustenta. Pelo contrário, as movimentações de quebra do isolamento comercial e econômico geraram um avanço nas estatísticas que tratam o tema de desenvolvimento humano, e mesmo econômico. Tudo indica que as famosas reformas econômicas de Raul Castro surgem num contexto em que os problemas básicos da humanidade estão bem encaminhados em Cuba, permitindo anseios por uma ainda maior qualidade de vida, mesmo que isso seja percebido materialmente, através de acesso a mais e melhores itens de consumo.
Destacam-se o estabelecimento de governos aliados e a instituição da ALBA, em 2004, liderada pela Venezuela, como fatores decisivos nessas conquistas.
Além de tudo, não restam dúvidas que a queda do embargo estadunidense sobre Cuba faria deslanchar ainda mais os indicadores de desenvolvimento humano desta nação caribenha.
Ao contrário do que faz crer o senso comum de um leitor das mídias tradicionais brasileiras, e mesmo internacionais, as nações que mais se destacaram nos últimos anos no continente foram justamente aquelas cujos governos vêm sendo mais atacados nesses veículos.
Pode-se então presumir que a mídia em geral tem maior aversão a estas experiências somente porque elas propiciaram maior incremento de IDH? Não exatamente isso. Na realidade, esse veículos, por pertencerem ao grande Capital, representam e repercutem a visão das classes dominantes, com todos os seus interesses e preconceitos. Para conquistar maior crescimento de IDH, os governos desses países tiveram que, necessariamente, enfrentar os grandes proprietários, reduzindo a priorização a estas classes, invertendo-a para as classes mais baixas. Interferiu-se significativamente, portanto, na configuração de classes, propriedades, e consequentemente, de poder. Daí a perseguição, mentira, distorções, e visão única sobre a conjuntura desses países por parte desses setores da imprensa.
* Gustavo Marun é diretor da Casa da América Latina e militante do PCB (RJ)

17 de agosto de 2013

A importância do sindicato para a classe trabalhadora


arte_sindicato
Está bem claro que o Sindicato é importante para todas as classes profissionais, pois se trata de uma organização que defende políticas coletivas e que luta pelo progresso dos trabalhadores. Entretanto, ainda existem pessoas que não sabem como ele funciona, nem como exatamente pode beneficiar o trabalhador. Contudo vale ressaltar que, primeiramente, tal entidade significa a força que o trabalhador sozinho não consegue ter, lutando para que os direitos dos trabalhadores sejam cumpridos.
É importante falar de sua importância para que as pessoas possam interagir mais e saber como exigir o que lhe é de direito.  O país está vivendo um momento político cada vez mais agitado com grandes reformas importantes. A sociedade se mobiliza no sentido de alcançar consenso em todos os segmentos envolvidos, representando uma grande chance de ser escrita uma bela página do movimento sindical.
Em regra se caracteriza como forte e atuante quando se destaca não apenas em movimentos sindicais, mas quando reivindica, atende e produz resultados positivos para a categoria que representa, não podendo fazer mais do que a lei determina, devendo fazer tudo que for possível para favorecê-la, buscando os direitos e garantias para que seja sempre beneficiada.
As boas entidades sindicais devem obrigatoriamente defender, e fazer valer, os direito e interesses individuais e coletivos de sua base. Buscando estar sempre informadas e atualizadas, mantendo a união de toda a classe, atitude que trará melhores condições de vida e trabalho a todos seus filiados.
Vale lembrar que a classe trabalhista precisa ter mais participação nos movimentos sindicais, procurando se interessar mais por eles. É natural em qualquer categoria profissional, que os empregadores meçam o poder de negociação do sindicato de trabalhadores na proporção da união e da mobilização de cada categoria profissional.
Se a presença dos empregados for reduzida nas assembleias (os empregadores adotam mecanismos para tomar conhecimento disso), presume-se que a entidade representativa dos trabalhadores se encontra sem poder de reação frente a eventuais recusas patronais em negociar adequadamente. Na maioria das vezes, este fato o inibe no atingimento da manutenção ou do avanço dos direitos em negociação, sendo assim, cada trabalhador deve acompanhar o trabalho e o desenvolvimento sindical.
Também oferecem benefícios aos trabalhadores, reservando alguns direitos aos que são filiados. Ao celebrar convênios, possibilitam uma boa condição e estrutura de vida, nas áreas de saúde, lazer, assessoria jurídica, entre outras.
Sindicalizar-se é mais que participar da sua entidade de classe, é exercer sua cidadania, é valorizar sua profissão e seu trabalho, é lutar por seus direitos já conquistados, ampliando-os. Em resumo, podemos dizer que os trabalhadores encontram no sindicato uma tribuna de expressão pessoal que não seria possível de outra forma. Filie-se e garanta seus direitos de trabalhador.
A UNIÃO DE TODOS PELO MESMO PROPÓSITO GERA ACONTECIMENTOS POSITIVOS PARA GRANDES CONQUISTAS.
Andrelina Covolo

10 de agosto de 2013

Informes da greve da rede estadual...


Após a categoria deflagrar greve, na assembleia do dia 08 (quinta-feira passada), o vice-governador Pezão entrou em contato com o Sepe Central ontem e marcou para segunda- feira, dia 12/08, uma reunião de negociação, com a presença também do secretário Risolia. Isso só vem ratificar a deliberação da assembleia quanto à greve, pois o momento de irmos à luta é esse, o governo está acuado e fragilizado, pois suas falcatruas tantas vezes denunciadas pelo Sepe vieram à tona. É hora de nos unirmos e lutarmos pelos nossos direitos , direitos esses negados por esse governo truculento, arbitrário e inimigo da educação e de todo o funcionalismo público!
O Sepe Campos convoca a todos os profissionais de educação da rede estadual de Campos para cruzar os braços e gritar em uma só voz: Basta de autoritarismo, repressão e assédio moral! Valorização profissional já! Salários e condições dignas de trabalho! Abaixo ao veto da emenda do PL 2.200! Fora Cabral, fora Risolia!

Vamos à luta! A hora é essa...

"Quem Sabe faz a hora, não espera acontecer..."

Cristini Marcelino - Coordenadora Geral/ Sepe Campos