1 de maio de 2012

Trabalhadores de todo o Mundo, uni-vos!

1º de Maio - Dia do Trabalhador
Vivemos na era da globalização económica neoliberal, de domínio do comércio mundial pelas transnacionais e multinacionais, e de intensificação da especulação financeira desregulada e sem rédeas, que não vê fronteiras nacionais. O casino digital mundial, 24 horas por dia, e a procura do lucro rápido, totalmente desligado da necessidade de produção material e satisfação das necessidades sociais, i.e. financiarização da economia, foi um dos elementos estruturais do capitalismo mundial que conduziu à actual crise financeira mundial, acrescida das consequentes crises económicas e sociais. À crise criada pelos mais ricos, os governos têm respondido com apoios aos sectores co-responsáveis pela crise, como os bancos, e medidas de austeridade aplicadas aos trabalhadores: cortes salariais, aumento da idade de reforma, cortes no investimento público nos serviços públicos e funções sociais do Estado (em paralelo com privatizações), intensificação da precariedade, ataques à contratação colectiva, e aumentos das taxas de desemprego.

Face a esta crise com enormes retrocessos civilizacionais, exige-se uma resposta dos trabalhadores e dos povos. Dada o avanço da globalização, mais do que nunca, é necessário que a resposta e a proposta parta de uma coordenação internacional por parte da classe trabalhadora, dos explorados e oprimidos. Mais do que nunca há que gritar o lema “Proletários de todo o mundo, uni-vos”. São os trabalhadores e seus sindicatos que serão capazes de lutar pela mudança do sistema económico de forma coordenada ao nível mundial.

Mas há sindicatos e sindicatos. Não serão os sindicatos de prestação de serviços, que alegremente assinam acordos com o patronato aceitando condições e medidas prejudiciais para os trabalhadores que dizem representar. Não serão os sindicatos iludidos com a noção que o sistema económico capitalista pode ser reformado, que se comprometem com os governos e o patronato, e que acham que há que aceitar retrocessos laborais e sociais em troco de … futuras medias de austeridade.

Terão de ser os sindicatos de classe, que efectivamente defendem as conquistas laborais que custaram décadas a atingir à custa da luta persistente e mesmo da vida de muitos sindicalistas e trabalhadores. Terão de ser os sindicatos que podem afirmar-se como independentes da influência dos interesses do capital, que compreendem que existe um contradição estrutural entre os interesses do capital, dos exploradores, e os interesses dos trabalhadores, dos explorados.

(...)

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