Depois de mais de 24 horas que se seguem à tragédia na escola em Realengo (RJ), ainda não há palavras para explicar o que para nós é inaceitável.
Os motivos que levaram a tal situação, aos nossos olhos, fazem parte de uma verdade inconcebível à luz da razão humana.
O fato é que vidas foram ceifadas brutalmente!
Culpados? Quem são eles? Não se sabe!
Responsabilizar o sistema por suas falhas ou buscar razões no seio do distúrbio do outro?
A situação que hoje se tem é a de que a vida naquela comunidade escolar nunca mais será a mesma.
Considerando a escola um ambiente de aprendizagem, dessa vez a experiência se deu de maneira real e duramente a custas da dor e do sofrimento da vida real. Se a própria escola contribui para a “degradação” do ser humano a tal ponto que um sujeito possa associar as suas frustrações à escola, também não se sabe, mas é preciso atentar para o fato de que essa exibição pode representar modismo nas mentes psicopatas num evento que produz e se reproduz, vamos torcer que não.
Delinear um perfil para que se possa prever esses massacres ou outras situações de risco não é algo fácil, talvez nem seja possível.
Toda e qualquer análise que se faça deve passar, necessariamente, pela conjuntura social em que se situa a escola, as condições propostas pelo sistema educacional. É um momento de reflexão quanto aos processos que desencadeiam ou contribuem para a formação humana, lembrando que a escola não a única, nem a maior, responsável pela formação ética ou moral, muito menos da personalidade de quem quer que seja, embora seja sim espaço de crescimento e construção de valores.
A escola, muitas vezes, é um sistema multifuncional dentro de um sistema maior que delimita as ações da unidade em função de outros interesses.
Lugar de conflitos ou não, não se pode generalizar ou traçar perfis humanos precisos, rotulando pessoas que, por exemplo, sofreram bullyng. A mente humana é algo ainda misterioso e único para cada ser humano.
Em suma, por muito tempo, os especialistas procurarão explicações para o inexplicável, pelo simples fato de que nós mesmos precisamos de uma resposta que satisfaça nossa interrogação! Quero registrar minha consternação e solidariedade àquela comunidade escolar!
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