DO BLOG PALAVRAS ACESAS
por Graciete Santana
www.gracietesantana.blogspot.com
Colegas
Na reunião do CME, dia 13/04 , foi apresentado por Ana Paula excelente trabalho sobre
alunos com distorção idade/série e a necessidade de um programa direcionado aos,
aproximadamente, 9 mil alunos da rede que se encontram neste perfil.
Na ocasião foi apresentado - já em processo de negociação - o Instituto Alfa e Beto como
instituição que irá trazer para Campos um programa pronto e com o qual o SEPE não tem
acordo devido à problemas já detectados em outros municípios, como estes a seguir:
RJ: Cartilha gera polêmica em escolas (alfa e beto)
Material escolar com palavra de duplo sentido leva Sindicato Estadual dos Profissionais de
Educação do Rio de Janeiro a denunciar a prefeitura ao MP.
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) vai
denunciar a Prefeitura do Rio de Janeiro ao Ministério Público estadual por conta da
cartilha que começou a ser distribuída este ano na rede municipal de ensino para ser
trabalhada com crianças do ensino fundamental. À parte as divergências pedagógicas, o
Sepe declarou guerra ao uso da palavra "chaninha" em um dos textos que fazem parte do
material. Para o Instituto Alfa e Beto, que desenvolveu o kit vendido ao município, o
diminutivo é um regionalismo que significa chinelo. Para o sindicato, é um jeito
obsceno e grosseiro de se referir ao órgão sexual feminino. O Sepe vai juntar à
denúncia análises feitas por professores de língua portuguesa.
Fonte: O Globo (RJ), Carla Rocha – 31/03/2010
A fábula dos burros de São Gonçalo - Instituto Alfa e Beto
A adoção, pelo Município de São Gonçalo, do programa de alfabetização desenvolvido
pelo Instituto Alfa Beto, liderado por João Batista de Oliveira, vem provocando uma série
de reações agressivas por parte do Sindicato Estadual dos Professores de Educação do
Rio de Janeiro.
O ataque começou com uma nota “plantada” na coluna de Alcelmo Gois no O
Globo (16/5/2007) dando a entender que os alunos estavam sendo forçados a dizer que
eram burros (quando na realidade era uma brincadeira associada ao processo de
aprendizagem), e continua com uma série de acusações e denúncias ao Ministério
Público, por supostas irregularidades, conforme O Globo de hoje, 17/05/2007.
A acusação principal é que o método adotado utiliza o recurso da repetição, que os
professores consideram “ultrapassado”, mas que, segundo João Batista, é essencial para
a consolidação dos conhecimentos. Segundo a professora Maria Tereza Goudard Tavares,
da Faculdade de Formação de Professores da UERJ, conforme a matéria do jornal, o
problema é que “os professores são transformados em repetidores” (ou seja, devem
trabalhar conforme um método sistemático e comprovado, e não de qualquer
maneira), e que São Gonçalo tem outros problemas: “faltam recursos para laboratórios de
informática e muitas escolas nem sequer têm quadras esportivas”, diz ela.
Os resultados de São Gonçalo na Prova Brasil, do Ministério da Educação,
mostram que o desempenho dos alunos das escolas da cidade, educados até agora
conforme as pedagogias mais “modernas” estão abaixo da média do Estado do Rio,
que já é ruim quando comparado a outros Estados do Centro-Sul. Quem sabe que,
com mais quadras esportivas e laboratórios de informática, a qualidade melhora?…
Chaninha' gera polêmica em escolas do Rio-INSTITUTO ALFA E BETO
RIO - Um palavrão ou uma palavrinha? A polêmica está lançada. O Sindicato
Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe) vai denunciar a prefeitura ao
Ministério Público estadual por causa da cartilha que começou a ser distribuída este ano
na rede municipal. À parte as divergências pedagógicas - que são muitas -, o Sepe
declarou guerra ao uso da palavra "chaninha" em um dos textos que fazem parte do
material. Para o Instituto Alfa e Beto de Brasília, que desenvolveu o kit vendido ao
município, o singelo diminutivo é um regionalismo que significa chinelo; para o sindicato, é
um jeito obsceno e grosseiro de se referir ao órgão sexual feminino.
A coluna de Ancelmo Góis noticiou nesta terça-feira que o Sepe estava disposto a ir
à Justiça. A diretora do sindicato, Maristela Abreu, afirma que o projeto pedagógico é
ultrapassado:
- Foi dinheiro jogado fora. É um retrocesso educacional. Alguns textos são surreais - afirma
Maristela, rebatendo o argumento de que se trata de regionalismo. - O material didático
não pode servir de piada entre os alunos ou favorecer situações humilhantes. Segundo
Maristela, o sindicato não conseguiu obter uma cópia da cartilha que cita a palavra
"chaninha". O texto seria: "Minha chaninha cheira mal. Cheira a chulé". Vale destacar:
como se trata de gíria, o palavrão ou a palavrinha da discórdia poderiam ser
grafados tanto com x quanto com ch. O professor de português, Sérgio Nogueira,
acha que os autores devem ter mais cuidado com textos que vão para todo o país,
em especial se voltados para educação: - Houve descuido. Eu não usaria, por
exemplo, no Pará ou no Maranhã, a palavra rapariga numa cartilha porque lá
significa prostituta.
O Sepe vai juntar à denúncia análises feitas por professores de língua portuguesa.
A diretora Maristela adianta que serão apresentadas uma série de razões para impedir o
uso do material. Entre elas, o fato de se utilizar o método fonético na alfabetização, que o
Sepe considera ultrapassado, e outros tantos exercícios e textos propostos para a
educação infantil e a alfabetização.
- Há exercícios absurdos. Um deles, para crianças de 4 e 5 anos, pergunta qual é o lugar
mais frio, se a Patagônia ou a Groenlândia. Outro, inicia o aprendizado das horas com o
ponteiro dos segundos!
A briga em torno do kit do Instituto Alfa e Beto, de Brasília, é longa. Antes, em
São Gonçalo, o motivo da discórdia foi uma brincadeira com rimas. Eis os
versinhos: "Fui andando pelo caminho. /Éramos três/ Comigo quatro /Subimos os
três no morro/ Comigo quatro/ Encontramos três burros/Comigo quatro." Na
denúncia, foi dito que a leitura deixava professores e alunos em situação
humilhante.
Diretor do Instituto Alfa e Beto, o educador João Batista de Oliveira rebate as
acusações e diz que o problema em São Gonçalo girava em torno de um texto consagrado
de Cecília Meireles. Ele vê patrulhamento nas críticas e interesses políticos:
- Além disso, proibir palavras que possam ter conotação diferente em algum lugar é erro
de entendimento da língua. O professor está em sala de aula para lidar com essas
questões e não para fazer patrulhamento ideológico. Não podem impor um filtro e ignorar a
dinâmica da língua.
A Secretaria municipal de Educação informou que o programa Alfa e Beto destinase
à alfabetização de crianças do ensino fundamental e apresenta metodologia pautada no
método fônico, mundialmente utilizado com sucesso na aprendizagem da leitura e da
escrita. O ponto de partida desse método são os fonemas da língua e sua grafia. Ainda
segundo a secretaria, o investimento na nova metodologia foi de aproximadamente R$ 526
mil.
FONTE: http://oglobo.globo.com/ rio/mat/2010/03/30/chaninha- gera-polemica-em-escolasdo-
rio-916217620.asp
Que programa absurdo, ainda mais quando se fala em ler com fluencia!Sugerindo que as crianças leiam tantas palavras por minuto. Leitura envolve compreensão e não apenas velocidade. onde este programa der certo , não se iludam, os professores atuam c/ base nas sus vivências e conhecimentos a c
ResponderExcluirEste programa amarra de tal forma o professor que mal consigo conversar com meus alunos como em anos anteriores. Também não acho bom o uso de muitos livros e assuntos numa mesma aula pois isso atrapalha o entendimento dos pequenos. O professor tem uma agenda cheia de detalhes para dar conta além das tarefas e correções. O IAB não leva em consideração as aulas extras de educação física, artes e informática. Sinceramente não estou conseguindo dar todas as atividades num só dia pois são muitas e precisamos explicar com mais detalhes para que os alunos possam compreender. As escolas tem realidades bem diferentes umas das outras por isso é inviável igualar um ensino assim. Precisa-se repensar algumas coisas e mudar para adequar e assim quem sabe possa dar certo.
ResponderExcluir