9 de junho de 2011

Nota do Sepe sobre a repressão do governador Cabral contra os Bombeiros cariocas



No início da manhã de sábado (dia 4/6), os cidadãos do Rio de Janeiro assistiram pasmos pelas TVs e rádios que estavam cobrindo a manifestaçãodos bombeiros no Quartel Central da corporação, a invasão do local por unidades especializadas que, geralmente, costumam ser utilizadas no combate ao tráfico de drogas nas favelas e que têm por objetivo a eliminação dos “inimigos”. Mais uma vez, o governo Cabral dá mostras de toda a sua incompetência e má-vontade para lidar com aqueles que não seguem a sua cartilha e faz uso de força desmedida contra trabalhadores e, até mesmo, mulheres e crianças que estavam no local apoiando seus familiares.

Nâo é a primeira vez que Cabral manda jogar bombas e bater em trabalhadores

Nós profissionais de educação já provamos do mesmo remédio amargo em 2009, quando PMs do Batalhão de Choque agrediram profissionais e chegaram a apontar armas para a categoria durante uma manifestação pacífica na frente da Alerj. Agora, a repressão ditatorial de Cabral faz uso de bombas e armas letais para agredir bombeiros e familiares, além de prender 439 destes profissionais que colocam diariamente a sua vida em risco para socorrer a população. Cabral mandou o Bope para cima dos bombeiros só porque eles pediam salários dignos e melhores condições de trabalho para o atendimento de milhões de cidadãos do Rio de Janeiro.

Profissionais de educação ao lado luta dos bombeiros

O Sepe se coloca de forma incondicional do lado desta categoria de homens e mulheres para os quais – como afirma uma frase colocada na parede do quartel de Copacabana – “tudo que é humano nos interessa”! Assim como nos colocamos contrários e manifestamos todo o nosso repúdio para um governador que, em vez da negociação, prima pela falta de decoro ao mandar a polícia bater em trabalhadores, sejam eles professores, médicos ou bombeiros. No sábado, bombeiros foram presos e chamados de vândalos porque reivindicavam um aumento no vergonhoso salário de R$ 950, o segundo mais baixo do Brasil.

Assim, os profissionais de educação exigem de Cabral o imediato atendimento das reivindicações e a liberdade incondicional de todos os militares presos na manhã do sábado e o fim da repressão contra o legítimo direito à manifestação de todas as categorias do funcionalismo estadual. Não vamos aceitar nenhum tipo de perseguição aos bombeiros em luta! E Apoiamos sua justa reivindicação por melhorias nas condições de trabalho e reajuste dos salários e gratificações.


SEPE- SINDICATO ESTADUAL DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

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