5 de outubro de 2011

SOMOS PROFISSIONAIS E NÃO MÁRTIRES DA EDUCAÇÃO

Autor: Professor Omar Costa
Os governos estaduais e municipais quando se trata da questão de valor dos profissionais da educação sofrem de amnésia, não se tocam que somos profissionais e não mártires da educação.
Infelizmente ser docente nas últimas décadas tem sido, principalmente na educação básica das redes estaduais e municipais, sinônimo de sofrimento, pois os bons salários são passado.

Professores e professoras do Brasil no século XXI, se desdobram em várias escolas para conseguir pagar suas contas. As raras exceções são alguns de poucos e caros colégios particulares, que conseguem viver com um só emprego. Dos anos dourados aos dias de hoje, o que aumentou foi a carga de trabalho e a cobrança da qualificação desses profissionais.

O que poucos notam é que o trabalho de um professor não se restringe ao tempo em que ele passa em sala de aula. Ele começa antes, em casa ainda, na montagem do curso e das aulas e termina bem depois, na correção das avaliações ( testes , provas e trabalhos ) e no lançamento das notas. O tempo para se atualizar e para estudar é mínimo.

Para agravar esta situação há ainda a falta de condições para pagar uma faculdade, curso ou mesmo comprar livros. Mas muitos estão lutando, sonolentos em aulas noturnas nas faculdades ou na frente de computadores em cursos à distância, buscando se aperfeiçoar e, certamente, sacrificando o pouco tempo de convívio familiar que tem. É cruel exigir que um docente curse uma faculdade ou uma especialização sem que lhe sejam dadas condições e incentivo para isso.

Investir em educação implica em dar dignidade para aqueles que a fazem acontecer. Se a educação é fundamental para a construção de uma sociedade melhor, precisamos de profissionais competentes e valorizados tanto financeiramente quanto socialmente.

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