26 de outubro de 2011

Tem algo de errado na escola, alerta campanha do Sinpro Minas


O Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro Minas) lançou uma campanha na TV local para sensibilizar a todos sobre a violência nas escolas, nesta semana. Ontem (20), câmeras de segurança flagraram o momento em que um aluno atirou contra colega, após briga que começou dentro de escola estadual de Santo André, no ABC Paulista. Desta vez, não houve vítimas.

Com o slogan Tem algo de errado na escola, a entidade sindical pretende contribuir para o debate sobre os fatos violentos que têm se repetido no interior e imediações dos estabelecimentos de ensino. Ações organizadas por gangues e grupos armados e até disputas entre traficantes invadem os muros da escola, afetando-a diretamente .

O presidente do Sinpro, Gilson Reis, enfatizou a importância da parceria entre os diversos segmentos da sociedade para buscar soluções. “Somos muito gratos aos nossos parceiros, que, num gesto solidário, se dispuseram a empenhar esforços para trilharmos o caminho da paz no ambiente escolar. Estamos certos de que essas parcerias fortalecem sobremaneira a luta contra a violência nas escolas”, destacou Reis.

Para o diretor de criação, Alexandre level, da Pro Brasil Propaganda, que criou a peça (sem cobrar custos da entidade), é preciso deixar claro que as situações ocorrem em diferentes classes sociais.

“A violência na escola não tem classe social. As notícias vêm de todos os lados. O que queremos com essa campanha é mostrar o que está acontecendo e que precisamos lutar contra isso”, disse o diretor de Criação Alexandre Level.

Em setembro, um menino de 10 anos atirou na professora dentro da sala de aula e depois disparou contra a própria cabeça, em São Caetano do Sul, também no ABC. Ele era de uma família de classe média e, segundo relatos de quem conviveu com a família, eles eram extremamente participativos no ambiente escolar e o menino tinha um temperamento extremamente calmo.

Reis ressalta que o objetivo da campanha é chamar a atenção de todos para o problema: pais, alunos, professores, autoridades, gestores públicos, donos de escolas e a sociedade em geral.

“Sabemos que o assunto é complexo e não há soluções prontas, mas não há dúvidas de que o diálogo e ações efetivas, inclusive por parte do poder público, apontam bons caminhos para criarmos uma cultura de paz nas escolas, de maneira que isso reflita em toda a sociedade”, afirmou Gilson Reis.

Uma pesquisa do Instituto Cidadania e da Fundação Perseu Abramo, de 2009, a violência é o tema que mais preocupa brasileiros entre 15 e 24 anos (55%), mais do que emprego (52%) e Educação (17%).


Paz nas escolas
Foi criado um site exclusivo - www.paznasescolas.org.br - para a campanha. Nele, é possível conferir o vídeo, além de cartazes, notícias, depoimentos, entrevistas de especialistas, entre outros conteúdo

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